A unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) Alexandre de Gusmão chegou às águas brasileiras e está a caminho do campo de Mero, na Bacia de Santos, onde passará por comissionamento antes de iniciar a produção no final de 2025. A embarcação partiu da China em dezembro de 2024, após sua construção no estaleiro da Cosco Shipping e entrega à SBM Offshore e à Petrobras, parceiras no contrato de arrendamento e operação assinado em 2021.
Com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo por dia e comprimir 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, o FPSO Alexandre de Gusmão será a quinta unidade instalada em Mero, somando-se ao Pioneiro de Libra, Guanabara, Sepetiba e Marechal Duque de Caxias. A entrada da nova plataforma aumentará a capacidade produtiva do campo em 31%, elevando a produção total para 770 mil barris diários.
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O campo unitizado de Mero, descoberto em 2010, está localizado a aproximadamente 190 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em águas ultraprofundas de 2.100 metros. Ele é operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo (PPSA), que representa a União na área não contratada (3,5%).
A chegada do FPSO ao Brasil foi confirmada pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em publicação nas redes sociais em 5 de março de 2025. Segundo a companhia, Mero é o terceiro maior campo do país, atrás apenas de Tupi e Búzios, ambos no pré-sal da Bacia de Santos. Em 28 de fevereiro, o campo atingiu a marca de 500 mil barris por dia, enquanto Búzios alcançou um recorde de 800 mil barris diários.
A Petrobras destaca que o pré-sal já representa 81% de sua produção total, impulsionado pelo crescimento das reservas na Bacia de Santos. A produção de Mero, desde sua primeira extração, tem sido marcada por avanços tecnológicos e recordes operacionais, consolidando a região como um dos principais polos petrolíferos do Brasil.