A petroleira portuguesa Galp Energia obteve no segundo trimestre um lucro líquido de 231 milhões de euros, recuo de 30% em relação aos 332 milhões de euros registrados no mesmo período de 2018.
O resultado, segundo a companhia, foi prejudicado pela queda no preço do petróleo no período de abril a junho, apesar do aumento registrado na produção, a valorização do dólar ante o euro e as menores margens apuradas na divisão de refino.
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O lucro líquido ajustado a custo de substituição, indicador que exclui a volatilidade associada às flutuações do preço do petróleo, atingiu 200 milhões de euros, queda de 21%.
A receita com vendas e prestações de serviços cresceram 1% na comparação com o segundo trimestre de 2018, para 4,58 bilhões de euros.
A produção bruta média da divisão de exploração e produção foi de 111,7 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), alta de 3%, puxada pelo projeto Kaombo, em Angola.
No Brasil, a produção recuou em 4%, para 97,6 mil boe/d, com a aceleração no ritmo de produção das FPSOs (sigla em inglês para unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) números 8 e 9, localizadas no campo de Lula, na Bacia de Santos, sendo ofuscada pela diminuição da participação da empresa nos projetos, de 10% para 9,2%, e atividades de manutenção nas FPSOs 1, 2 e 3, que operam no mesmo campo.
A Galp revisou para cima a projeção para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado a custo de substituição para 2019, de um intervalo de 2,1 bilhões de euros a 2,2 bilhões de euros para 2,2 bilhões de euros, citando o desempenho operacional do primeiro trimestre e a expectativa de melhora macroeconômica. No segundo trimestre, o Ebitda ajustado a custos de substituição recuou 2%, para 615 milhões de euros.
Fonte: Valor