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Investidores de gigantes do petróleo devem aceitar golpe do 1º tri e focar em dividendos

Investidores que já se preparam para resultados fracos das maiores empresas de óleo e gás no primeiro trimestre deste ano passarão a focar em como os executivos dessas companhias planejam economizar dinheiro e na possibilidade de cortes de dividendos após o colapso nos preços do petróleo.

As cinco maiores empresas dos Estados Unidos e da Europa, conhecidas como “Oil Majors”, anunciaram cortes de gastos de em média 23%, em uma rápida resposta à queda livre na demanda por petróleo diante da pandemia de coronavírus e ao recuo de 65% nos preços da commodity.


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Com a provável manutenção dessa trajetória por meses, a pressão sobre os balanços permanece extrema, uma vez que pouquíssimos negócios das petroleiras ganham dinheiro com os atuais preços do combustível fóssil, de 20 dólares por barril.

“Esse ambiente de negócios continua brutal”, disse o presidente-executivo da BP, Bernard Looney, nesta quinta-feira.

Da Exxon Mobil à Shell, empresas suspenderam projetos, cortaram produção em campos de “shale” (petróleo não convencional) nos EUA e reduziram operações em refinarias para lidar com o “golpe duplo” da queda de demanda e do excesso de oferta.

Mas é provável que mais medidas sejam necessárias, e investidores estarão observando de perto as mudanças nas estimativas de produção e as formas com que as companhias planejam gerenciar os dividendos, o incentivo mais importante a acionistas que, no ano passado, somavam juntos mais de 40 bilhões de dólares.

“O olhar em retrospecto ao que foi um primeiro trimestre fraco parece praticamente irrelevante. O plano de jogo para lidar com os próximos três meses e com os próximos 18 meses é que será o foco”, disse Jason Gammel, analista do Jefferies.

A BP será a primeira das “Oil Majors” a divulgar seus resultados do primeiro trimestre, na terça-feira. A Shell vem a seguir, na quinta-feira. Exxon e Chevron apresentam balanços na sexta-feira, e a francesa Total no dia 5 de maio.

A italiana Eni já reportou nesta sexta-feira uma queda de 94% no lucro líquido e reduziu suas projeções de gastos e bombeamento, enquanto a norueguesa Equinor divulgará resultados em 7 de maio.

Fornecedoras de serviços ao setor petrolífero, como Halliburton, Schlumberger e Baker Hughes, também levaram duros golpes nos lucros no primeiro trimestre.

Fonte: Reuters






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