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Investimentos em gás natural no Rio de Janeiro podem ultrapassar R$ 110 bilhões em dez anos, aponta Firjan Senai

Instituição ressalta necessidade de políticas públicas para o aumento da competitividade do gás natural e também defende melhor alinhamento regulatório para o desenvolvimento de projetos

Os investimentos em projetos confirmados e potenciais na cadeia de valor do gás natural no estado do Rio podem ultrapassar R$ 110 bilhões em horizonte estimado de dez anos. O período considera planos estratégicos de empresas, a viabilidade dos projetos de consumo e a perspectiva de produção do gás natural. É o que aponta a quinta edição do estudo “Perspectivas do Gás no Rio”, lançado pela Firjan Senai na quarta-feira (7). A publicação também destaca que, somente na indústria, estão identificados projetos potenciais que somam mais de 30 milhões de metros cúbicos de consumo de gás natural por dia, significando investimentos na ordem de R$ 60 bilhões (54,5% do total).

Ao destacar a importância dos investimentos para o atendimento às demandas no contexto de descarbonização e ainda o potencial do estado do Rio, a Firjan Senai ressalta no estudo a necessidade de políticas públicas para o aumento da competitividade do gás natural e defende melhor alinhamento regulatório para o desenvolvimento de projetos. A instituição pontua que o acesso a novos produtores, a facilidade de contratação do transporte e da distribuição, o acesso ao mercado livre e a possibilidade de construção de dutos de distribuição dedicados ao fornecimento são alguns mecanismos pró-mercado que devem compor uma melhor regulação.

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No evento de lançamento do estudo, na sede da Firjan, Raul Sanson, vice-presidente da federação, reforçou a relevância do gás natural nos próximos anos. “Nós temos a convicção que, independente da velocidade de substituição das fontes fósseis por energias renováveis, a transição energética depende do aumento da demanda de gás natural, e ainda por longo tempo. Pensando nisso, a Firjan Senai lançou nesta quinta-feira (8) a quinta edição do “Perspectivas do Gás no Rio”, destacando a importância do gás no contexto de descarbonização e sua integração com energias”, disse Sanson.

O coordenador de Conteúdo Estratégico de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Fernando Montera, além de apresentar o novo estudo e os dados atualizados do mercado disponibilizados em “Painel Dinâmico” da federação, destacou a “Calculadora da Tarifa de Distribuição de Gás Natural”. A nova ferramenta da Firjan Senai simula o custo do insumo e o valor total da fatura do consumidor por segmento - residencial, comercial, industrial e Gás Natural Veicular (GNV) - de acordo com o seu volume de consumo e a última deliberação vigente em cada Unidade Federativa. Ao ser preenchido o consumo, é calculado automaticamente o valor médio da tarifa de gás, possibilitando comparação em relação às demais distribuidoras estaduais.

O evento de lançamento do estudo “Perspectivas do Gás no Rio” reuniu profissionais que abordaram o futuro do gás natural no Brasil e no mundo. A diretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloisa Esteves, reforçou que o mercado está crescendo. A diretora da EPE também ressaltou as oportunidades. “Não tenho a menor dúvida de que o gás natural permanece na matriz energética mundial por, pelo menos, mais cem anos. Com certeza permanece na matriz energética brasileira”, disse Heloisa Esteves.

O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Fernando Moura, colocou que, para aumentar a flexibilidade do serviço de transporte entre os agentes, a ANP aprovou oito novos produtos nos últimos nove meses, todos sendo hoje oferecidos como produtos de prateleira por meio de plataforma eletrônica. “Isso se refletiu num aumento significativo no número de contratos de transporte assinados”, disse Fernando Moura, que também abordou avanços regulatórios que serão tratados a partir do próximo ano, estando entre as questões a autonomia e a independência do transporte do gás natural.

A vice-presidente de Marketing, Midstream e Processing na Equinor, Cláudia Brun, destacou avanços no último ano e ressaltou a importância de mudanças na regulação do mercado para proporcionar previsibilidade ao investidor, já que os projetos de produção e escoamento de gás natural não acontecem no curto prazo.

O diretor ESG, Sustentabilidade, Relações Institucionais, Relações Governamentais na Prumo, Eduardo Kantz, também falou sobre as oportunidades. “A gente está num momento muito particular aqui no Brasil, momento de transição do gás natural”, pontuou Kantz. Ele ressaltou ainda a importância do papel da Firjan neste momento.



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