A Marinha do Brasil e a Petrobras avançaram no Projeto Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (REMO), que busca aprimorar o monitoramento meteoceanográfico da Amazônia Azul em tempo real. Lançada em 2006, a iniciativa utiliza veículos autônomos para coletar dados sobre correntes marítimas, temperatura da água e condições meteorológicas. O projeto prevê o uso de boias autônomas com sensores via satélite e placas fotovoltaicas, além de veículos não tripulados como os modelos “Glider” e “Sailbuoy”, permitindo a obtenção de informações em grandes extensões e profundidades de até mil metros.
Com investimento de R$ 100 milhões ao longo de cinco anos, a operação será realizada pelos distritos navais e pelo Grupamento de Navios Hidroceanográficos. Os dados coletados serão disponibilizados no Banco Nacional de Dados Oceanográficos e compartilhados com universidades. Além de fortalecer a resposta a acidentes ambientais, como derramamento de óleo, o projeto contribui para o planejamento de operações navais e redução de custos no monitoramento do litoral.
PUBLICIDADE
A iniciativa também integra as ações da “Década do Oceano” e está alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 da Organização das Nações Unidas (ONU), voltado à preservação dos oceanos. O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) utilizará os dados para aprimorar cartas náuticas e manter atualizações no Banco Nacional de Dados Oceanográficos. A população pode acessar informações sobre o mar por meio do aplicativo “Previsão Ambiental Marinha” (PAM), disponível para iOS e Android.