A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu, na última terça-feira (14), a continuidade dos investimentos no norte do estado do Rio de Janeiro e nos campos maduros. Ela participou da reunião do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan),para apresentar o Planejamento Energético e o Plano Clima da Petrobras. Na ocasião, Magda destacou como a companhia vem contribuindo para que o país tenha segurança energética e desenvolvimento econômico e humano
No encontro, na sede da federação, no Rio, a presidente da Petrobras acrescentou que a região ficou desassistida na questão do preço de referência do petróleo, principalmente porque é lá que acontece o pós-sal. “É importantíssimo avançarmos nisso, não deixar isso para trás, porque a gente tem uma dificuldade real de viabilizar investimentos no Norte Fluminense. A região não merece ser desassistida, não merece ser deixada para trás”, avaliou.
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O presidente do conselho, Emiliano Fernandes, também enfatizou a importância dos investimentos no Norte Fluminense. "As lideranças da região têm que entender a necessidade de discutir a continuidade dessa produção de petróleo ao longo do tempo, os incentivos que são necessários para a continuidade da produção e os impactos econômicos que essas atividades representam para o nosso estado”, disse Emiliano. O presidente do conselho empresarial anunciou que na próxima quinta-feira (23), será lançada a publicação “A Jornada Firjan pela Transição Energética na Indústria”.
A presidente da Petrobras citou também dados sobre a redução de emissão: “Nos últimos 10 anos, a Petrobras reduziu 60% das emissões de metano e reduziu 40% das emissões de CO2. Todas as propostas relativas à redução de emissão, principalmente o escopo 1 e 2, estão completamente dentro dos limites e das demandas do Acordo de Paris”, afirmou Magda.
Magda falou ainda sobre o escopo 3 do Acordo de Paris. Segundo ela, o país tem gasolina, carbono neutro, coque mais verde e diesel coprocessado participando junto com o agronegócio. “Não pode haver Plano Clima sem que esteja de mãos dadas com o Planejamento Energético do país. Eles juntos é que permitirão o avanço do índice de desenvolvimento humano. Hoje a gente faz diesel com 5% de conteúdo renovável e já estamos testando com até 10%. E combustível naval, o bunker, com 24% de biodiesel renovável, que vem sendo vendido na Ásia, com grande aceitação”, complementou.
Já Karine Fragoso, assessora do conselho empresarial de petróleo e gás da Firjan, e Tatiana Lauria, assessora do conselho empresarial de energia elétrica da federação, apresentaram o conceito da Jornada pela transição energética na Indústria. Karine informou que a publicação, vai tratar da integração e a diversificação de fontes, tecnologias, competências e mercados.
Tatiana Lauria explicou a visão do Conselho de Energia Elétrica da federação em relação à transição energética, que foi incluída no Plano de Trabalho do Conselho, que tem três vertentes: a regulatória, o empoderamento do consumidor e a segurança energética. “Estamos levando conhecimento aos pequenos empresários, principalmente sobre como podem se inserir no contexto da transição energética, o que existe de oportunidade para eles, a modernização das redes e a abertura do Mercado Livre, como o consumidor vai se inserir também novo ambiente”, disse Tatiana.
Participaram ainda da reunião, Raul Sanson, vice-presidente do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan; Angélica Laureano, diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras; Sylvia Anjos, diretora Executiva de Exploração e Produção da Petrobras; Claudia Guimarães, vice-presidente do Conselho de ESG da federação; além de integrantes dos conselhos da Firjan de ESG e de Energia Elétrica.