O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse que o país está entrando em novo ciclo da cadeia de óleo e gás, devido ao aumento previsto para as atividades de exploração e produção no próximos anos, sobretudo de gás natural.
Oddone fez a afirmação em breve discurso de apresentação na abertura do prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019, no Rio. A premiação reconhece projetos realizados por empresas em parceria com universidades e institutos de pesquisa.
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Em sua fala no evento, o diretor-geral afirmou ainda que esse tipo de premiação é importante para o desenvolvimento da cadeia de óleo e gás no país. Isso porque, com aumento de produção, o novo ciclo demandará, de acordo com Oddone, mais inovação tecnológica - visando incrementar eficiência.
Na premiação, na categoria voltada à associação entre instituições credenciadas e empresas petrolíferas em geral para exploração e produção de petróleo e gás, venceu iniciativa de USP, Unicamp e Petrogal, que viabilizou a captura e armazenamento de dióxido de carbono e purificação de gases associados na produção em águas ultraprofundas por meio da produção de hidratos dos gases.
Na categoria voltada a empresas brasileiras em associação a petroleiras, ganhou o sistema de armazenamento e separação gravitacional de CO2 e CH4 em cavernas de sal em águas ultra profundas no Brasil. O projeto é uma parceria das empresas Modecom, Technomar, Argonautica e Granper em parceria com a anglo-holandesa Shell e a USP.
Na premiação de projetos de Transporte, Dutos, Refino, Abastecimento e Biocombustíveis, ganhou o centro de simulações de manobras do tanque de provas numérico da USP, utilizado no desenvolvimento de soluções ao escoamento da produção. Além da universidade paulista, o projeto contou com a participação da Petrobras.
A estatal também venceu na categoria “Segurança, Meio Ambiente e Saúde”, desta vez em parceria com UFRJ e UFPE, pelo desenvolvimento de tecnologias verdes na reciclagem de polímeros da indústria petrolífera, que transforma resíduos da cadeia de produção em matérias-primas reutilizáveis.
A Petrobras faturou, ainda, o prêmio de “Indústria 4.0” com o projeto “Otimrota”, ferramenta computacional para otimização de sistemas submarinos, desenvolvido em parceria com a UFRJ, USP e PUC-Rio.
Fonte: Valor