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Petrobras aprova Plano Estratégico 2020-2024

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, em reunião realizada nesta quarta-feira (27) o Plano Estratégico para o quinquênio 2020-2024, em linha com o posicionamento estratégico da companhia, divulgado em 26 de setembro.

Definido como Mind the Gap, o Plano Estratégico traz uma agenda transformacional, que segundo a Petrobras informa em nota visa eliminar o gap de performance que a separa das melhores empresas globais de petróleo e gás.


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A companhia decidiu incorporar no plano uma nova ferramenta de gestão: o EVA (Economic Value Added). O indicador representa o início de uma avaliação de desempenho que tem como foco a geração de valor, transformando a cultura da companhia através de incentivos claros aos gestores e profissionais.

"A Petrobras do futuro será uma companhia com retorno operacional superior ao seu custo de capital, posicionada em ativos de classe mundial, com operação focada em óleo e gás, avançando na exploração e na produção do pré-sal brasileiro, um parque de refino eficiente, com capacidade para processar 1,1 milhão de bpd. Com respeito a fontes de energia revoáveis, a companhia atuará em pesquisas buscando adquirir competências para o eventual posicionamento no longo prazo em energia eólica e solar", informa a nota.

O plano conta com três métricas de topo com foco na segurança das pessoas, na redução do endividamento e na geração de valor:

• Taxa de acidentados registráveis por milhão de homens-hora (TAR) abaixo de 1,0
• Dívida líquida/EBITDA ajustado abaixo de 1,5x
• Delta do EVA® consolidado de US$ 2,6 bilhões

Em adição, foi estipulada uma ambição de Zero Fatalidade.

A Petrobras continua perseguindo a desalavancagem através da geração de caixa e dos desinvestimentos. "Nos 9M19, conseguimos reduzir a dívida bruta da companhia em US$ 21 bilhões. Mantemos a meta de atingir a relação Dívida Líquida/LTM EBITDA de 1,5x ainda em 2020. Em 2021 planejamos atingir US$ 60 bilhões de dívida bruta o que aumentará a remuneração aos acionistas em linha com a nova política de dividendos já anunciada", diz a empresa.

O CAPEX previsto para o quinquênio é de US$ 75,7 bilhões, dos quais 85% estão alocados no segmento E&P. Os desinvestimentos previstos no plano variam entre US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões para o período 2020-2024, sendo a maior concentração nos anos de 2020 e 2021.

Produção de óleo, LGN e gás natural
A curva de produção de óleo e gás estimada no período 2020-2024 indica um crescimento contínuo. Ao longo desse período, está prevista a entrada em operação de 13 novos sistemas de produção, sendo todos alocados em projetos em águas profundas e ultraprofundas.

A companhia decidiu apresentar uma visão de produção comercial, a fim de representar o impacto econômico da produção nos resultados da companhia, deduzindo da sua produção de gás natural os volumes de gás reinjetados nos reservatórios, consumidos em instalações do E&P e queimados nos processos produtivos. Além disso, a curva de produção não contempla desinvestimentos, com exceção de cerca de 100 mboed, relativos aos campos na Nigéria e de Tartaruga Verde, cujas transações já foram assinadas e os fechamentos estão próximos de ocorrer.

Produção de óleo e gás natural (milhões boed)

Para a meta de produção de 2020 é considerada uma variação de 2,5% para mais ou para menos. A produção de óleo deste ano reflete principalmente as perdas de volumes relacionados ao declínio natural dos campos maduros e à maior concentração de paradas de produção para o aumento da integridade dos sistemas, parcialmente compensados pelo ramp-up das novas plataformas. No longo prazo, a trajetória de crescimento é suportada pelos novos sistemas de produção - majoritariamente no pré-sal, com maior rentabilidade e geração de valor – e pela estabilização da produção na Bacia de Campos.

A geração operacional de caixa será decorrente da maior eficiência projetada, do controle de gastos e dos recursos financeiros em função da gestão ativa de portfólio. Isso permitirá uma redução gradativa da dívida bruta, com consequente diminuição das despesas com juros e aumento nos valores estimados de distribuição de dividendos, através da nova Política de Dividendos da companhia, gerando uma maior remuneração para os acionistas. A dívida alcança o patamar de US$ 60 bilhões já no ano de 2021, e se mantem nesse patamar ao longo do quinquênio.

Adicionalmente, ao antecipar fluxo de caixa operacional via desinvestimentos de ativos a Petrobras realizará seus investimentos, reduzindo seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do Plano Estratégico.

A Petrobras informa que até o momento avançou com uma série de ações de descarbonização nos processos, que envolvem redução da queima de gás natural em flare, reinjeção de CO2 e ganhos de eficiência energética. "A companhia mantém o compromisso com a descarbonização de processos e produtos, com um plano de ação robusto em relação à resiliência e eficiência em carbono."

Foram estipulados dez compromissos com a agenda de baixo carbono e sustentabilidade:
1. Crescimento zero das emissões absolutas operacionais até 2025 (compromissos em carbono em relação à base 2015. Demais compromissos com base em 2018)
2. Zero queima de rotina em flare até 2030
3. Reinjeção de 40 MM ton CO2 até 2025 em projetos de CCUS
4. Redução de 32% na intensidade de carbono no segmento de E&P até 2025
5. Redução de 30%-50% na intensidade de emissões do metano no segmento de E&P até 2025
6. Redução de 16% na intensidade de carbono no refino até 2025
7. Redução de 30% na captação de água doce em nossas operações com foco no aumento do reuso até 2025
8. Crescimento zero na geração de resíduos de processo até 2025.
9. 100% das instalações Petrobras com plano de ação em biodiversidade até 2025.
10. Manutenção dos investimentos em projetos socioambientais






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