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Petrobras inicia contratação de fornecedor para desenvolver tecnologia patenteada

Equipamento é capaz de separar, no fundo do mar, o gás rico em CO2 do petróleo. Companhia adotou o early engagement, envolvimento precoce de empresas fornecedoras para mitigar riscos no processo e acelerar o desenvolvimento da tecnologia

A Petrobras, operadora do consórcio de Libra, iniciou a contratação de fornecedores para execução do projeto, construção, instalação e realização de testes Hisep, tecnologia patenteada pela companhia que tem como objetivo separar e reinjetar, ainda no fundo do mar, o gás com elevado teor de CO2 que é produzido junto com o petróleo. A contratação teve início após conclusão de avaliações conceituais e testes-piloto em terra, quando a Petrobras e as empresas fornecedoras trabalharam em parceria na execução de estudos conceituais e na validação do desempenho das bombas submarinas que farão a reinjeção do gás rico em CO2 no reservatório. A expectativa é de que a fabricante seja selecionada até agosto e que o equipamento seja instalado em 2025.


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O Hisep poderá abrir uma nova fronteira exploratória e de desenvolvimento da produção de petróleos em águas profundas e ultra profundas, em regiões onde há fluidos de reservatório com razão gás-óleo e teor de CO2 elevados. O Hisep proporcionará aumento da produção de óleo ao liberar espaço na planta de processamento de gás de superfície. O teste-piloto está previsto para ser realizado na área de Mero 3, que deverá entrar em produção em 2024. Após dois anos de testes, com a comprovação da tecnologia, o Hisep poderá ser utilizado em outras áreas, como Libra Central e Júpiter, onde a inovação tem o potencial de viabilizar o projeto de desenvolvimento da produção. Uma vez comprovada a tecnologia, será possível também desenvolver unidades de produção offshore com plantas de processamento de gás menores e menos complexas, que possuem menores custos e prazos de construção, bem como menores custos de operação.

A Petrobras vem trabalhando em parceria com empresas do mercado na forma compreendida pelo conceito de early engagement, ou seja, com o envolvimento das fornecedoras no desenvolvimento da tecnologia desde os estágios iniciais do processo, para a definição e desenvolvimento da solução a ser adotada no produto final. O objetivo é tornar a tecnologia não só viável tecnicamente, mas também replicável e comercialmente interessante para o mercado.

Desde 2017, as empresas têm sido consultadas para identificação dos equipamentos que já haviam sido desenvolvidos por elas e que poderiam ser adaptados para o projeto, e também dos principais gargalos tecnológicos existentes para que o projeto pudesse se tornar realidade. Ao longo dos anos, foram desenvolvidos com sucesso estudos conceituais e testes de desempenho em parceria, como por exemplo verificação do desempenho das bombas centrífugas submarinas de injeção do gás denso, rico em CO2.

O Consórcio de Libra é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%), tendo como gestora a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA).






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