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Petrobras inicia implantação de tecnologia inédita de separação de gás rico em CO2 no leito marinho

HISEP é um projeto pioneiro na indústria, capaz de aumentar a eficiência produtiva, reduzir custos e a intensidade de emissões. Testes no pré-sal começam em 2028

Em apresentação realizada nesta terça-feira (20), a Petrobras anunciou o início do contrato de desenvolvimento e implantação do HISEP, tecnologia inédita patenteada pela empresa que será utilizada para aumentar a eficiência produtiva, reduzir custos e a intensidade de emissões em sistemas de produção de petróleo e gás do pré-sal. No Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro, o presidente da companhia Jean Paul Prates, e os diretores de Exploração & Produção, Joelson Mendes, e de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, celebraram o início da fase de implantação do projeto piloto em escala comercial. O projeto Mero 3, localizado no pré-sal brasileiro, será pioneiro no uso dessa tecnologia.

O HISEP (sigla em inglês para Separador de Alta Pressão) é uma tecnologia de ponta que revoluciona o processo de produção ao viabilizar a separação submarina entre o petróleo extraído e o gás associado produzido, rico em CO, o qual é reinjetado diretamente no reservatório a partir do leito marinho. Dessa forma, grande parte do processo de separação deixa de ser feito na planta de processamento do FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo) e passa a ser realizado no fundo do mar, oferecendo maior eficiência energética, reduzindo o impacto ambiental e a intensidade de emissões. Essa inovação faz parte do portfólio de PD&I da Petrobras e conta com o apoio dos parceiros da empresa no Consórcio Libra.


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“O HISEP é uma inovação da Petrobras, tem DNA brasileiro e, em breve, irá contribuir para um desenvolvimento sustentável da indústria de óleo de gás. Além dos ganhos para o negócio, trata-se de uma tecnologia dos tempos atuais: uma das suas vantagens é atuar também como uma tecnologia de captura de carbono e, por isso, configura mais uma ferramenta que auxiliará a Petrobras a atingir suas metas de redução da intensidade de emissões”, declarou Jean Paul Prates.

“O HISEP tem potencial de agregar valor aos campos com alta RGO (Razão Óleo e Gás) e teor de CO, dando uma nova perspectiva de produção para eles. A escolha do Campo de Mero para a aplicação piloto do HISEP é estratégica, uma vez que o pré-sal da Bacia de Santos é uma das áreas mais promissoras e desafiadoras do setor. Com essa tecnologia revolucionária, esperamos otimizar a produção, reduzir custos e promover a eficiência operacional”, destacou o diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes.

“A implantação do HISEP representa um reflexo significativo da nossa busca contínua por soluções tecnológicas inovadoras. Este processo é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento no Cenpes. Estamos confiantes de que se tornará uma referência de inovação com ganho de eficiência e geração de valor na indústria de petróleo e gás, contribuindo para consolidar a posição de liderança da Petrobras no mercado mundial”, concluiu o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos.

Para esta fase de implantação do HISEP, a Petrobras firmou em janeiro/2024 um contrato com a empresa FMC Technologies do Brasil, subsidiária da empresa TechnipFMC. Esse contrato abrange o projeto, construção e instalação da unidade piloto do HISEP e sua infraestrutura, incluindo a interligação com os poços produtores, injetores e a planta de processamento do FPSO "Marechal Duque de Caxias" (Mero 3). Além disso, será realizado um programa de testes com o objetivo de alcançar a maturidade comercial e tecnológica do HISEP.

A unidade piloto de separação submarina será interligada ao FPSO pertencente ao projeto Mero 3, na área do pré-sal. O "Marechal Duque de Caxias" será o quarto FPSO instalado no campo de Mero e terá capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Os contratos de afretamento e de serviços terão duração de 22 anos e meio, contados a partir da aceitação final da unidade, prevista para o segundo semestre de 2024.

O projeto prevê a interligação de 15 poços ao FPSO, sendo oito produtores de óleo e sete injetores de água e gás, através de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e injeção, dutos flexíveis de serviços e umbilicais de controle.

Campo de Mero

O campo unitizado de Mero é o terceiro maior do pré-sal e está localizado no Bloco de Libra, pertencente ao Consórcio de Libra, operado pela Petrobras (38,6%) em parceria com a Shell Brasil Petróleo Ltda. (19,3%), TotalEnergies EP Brasil Ltda. (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC Petroleum Brasil Ltda. (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA (3,5%) que exerce papel de gestora do Contrato de Partilha de Produção e representante da União na área não contratada.






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