Entre 2021 e 2025 a Petrobras prevê investir US$ 13 bilhões em negócios na Bacia de Campos, sobretudo para a revitalização de campos de petróleo.
A Petrobras tem realocado investimentos por meio do que chama "gestão ativa de portfólio", ou seja, tem apostado nos ativos com potencial de gerar mais valor no médio e no longo prazo e possibilidade de maior lucratividade. Na região, obteve cerca de US$ 3,7 bilhões com a venda de ativos como 50% do Campo de Tartaruga Verde e Espadarte, Campo de Frade, Polo Pampo, Polo Enchova e Polo Pargo.
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A região também se beneficiará dos investimentos das empresas que adquiriram campos que eram operados pela Petrobras. Pelo menos seis novas empresas passaram a atuar na região, com perspectivas de alavancar a produção. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), quatro das empresas que compraram ativos na região já apresentaram planos de desenvolvimento que somam R$ 13,2 bilhões.
Líder mundial em exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas, a Petrobras produz atualmente na Bacia de Campos 710 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, o que representa 25% da produção de óleo e gás no Brasil. São cerca de 280 poços produtores e 29 plataformas marítimas em operação – que produzem tanto no pós-sal quanto no pré-sal.
Faz parte da estratégia da Petrobras continuar produzindo fortemente nesta bacia petrolífera. Segundo a companhia, um grande plano de renovação está em andamento, com investimentos realizados e previstos para os próximos anos. Foram investidos pela Petrobras na região nos últimos 10 anos US$ 53 bilhões, colocando em operação mais de 270 poços, além de 10 novos sistemas de produção.
A Petrobras vai instalar na Bacia de Campos três novas plataformas nos próximos cinco anos. Está programada para 2023 a instalação de duas plataformas no campo de Marlim – com capacidade de produzir, juntas, 150 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar 560 mil barris de líquidos por dia – e uma unidade para 2024 para o complexo integrado do Parque da Baleias, com potencial de produzir sozinha 100 mil bpd de óleo e processar 240 mil barris de líquidos por dia.
As duas plataformas de Marlim permitirão a ampliação da produção das jazidas até 2048. As plataformas estarão interligadas a 77 poços (14 novos e 63 que serão remanejados de Unidades de Produção que serão descomissionadas). Os novos sistemas possibilitarão a ampliação da produção atual de Marlim e Voador dos cerca de 45 mil boepd (barris de óleo equivalente por dia).
Também está prevista a interligação de cerca de 100 novos poços aos sistemas de produção já instalados na Bacia de Campos. Entre 2017 e 2019, a Petrobras adquiriu 14 blocos exploratórios, que ocupam uma área total de 12 mil km² – o que equivale praticamente à extensão de uma nova Bacia de Campos. A maioria dos prospectos promissores está localizada na camada pré-sal dessa bacia.