O exercício de opção de compra que a chinesa CNOOC exerceu no contrato do excedente de cessão onerosa no Campo de Búzios é positivo no curto prazo para a Petrobras, diz o Credit Suisse, destacando que a empresa vai receber US$ 2,08 bilhões pela venda, que representa 3,7% da produção total do câmbio.
O analista do Credit Regis Cardoso fala que o dinheiro pode aumentar os proventos a serem distribuídos pela Petrobras, mas que no longo prazo a venda é marginalmente negativa em termos de criação de valor por reduzir a produção da empresa.
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Já o Goldman Sachs aponta que companhia pode reduzir sua dívida bruta, atualmente em cerca de US$ 64 bilhões. Os analistas, porém, dizem que o impacto da operação na produção ainda é incerto.
De acordo com os analistas do Goldman Bruno Amorim e João Frizo, a Petrobras vem mostrando uma melhor recompensa de risco em relação aos pares. Os principais riscos para a companhia são a variação dos preços do petróleo, o fator cambial e uma eventual intervenção governamental nos preços dos combustíveis.
A recomendação do Goldman Sachs para os papéis ordinários da Petrobras é neutra, com preço-alvo de R$ 29,70. Já para as ações preferenciais o preço-alvo é de R$ 29,10 — 6,5% acima do preço atual.
Por sua vez, o Credit Suisse tem recomendação de compra para o American Depositary Receipt (ADR) da Petrobras negociado na Bolsa de Nova York (Nyse), com preço-alvo em US$ 14, potencial de alta de 36,5% sobre o fechamento de terça-feira.
Fonte: Valor