O Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) protestou, no fim da tarde desta sexta-feira (17), contra o que chamou de “desmonte de equipes de pesquisa” pela Petrobras.
A organização, que reúne 94 fundações responsáveis pela gestão de projetos em 140 instituições, afirma, em nota, que a Petrobras vai suspender contratos de pesquisa e de investimento (P&D) da ordem de R$ 400 milhões este ano, inviabilizando projetos e o pagamento a pesquisadores.
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O presidente da Confies, Fernando Peregrino, afirmou que a suspensão desses recursos será suficiente para “sacrificar o presente e o futuro da empresa [Petrobras], além da economia brasileira, porque desmontará equipes inteiras de pesquisas em mais de 40 centros e universidades”.
Ele define os cortes como um “massacre” para a pesquisa do país e argumenta que as equipes de pesquisas ameaçadas não poderão ser rapidamente constituídas, como em outras atividades do setor produtivo. Com relação às Fundações, 25 delas seriam diretamente prejudicadas por estarem à frente da gestão dos recursos.
Os gestores afirmam que a Petrobras encaminhara, no dia 2 de abril, comunicado para avisar que pretende suspender, por três meses, os contratos vigentes e que, passado esse período, todos seriam reformulados.
Quatro dias depois do aviso da Petrobras, a Confies enviou uma carta à diretoria da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP) para que a instituição atue como mediadora na crise do financiamento.
Fonte: Valor