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Petrobras rejeita nova oferta por polos Enchova e Pampo, dizem fontes

A Petrobras rejeitou a oferta mais recente da petroleira brasileira Ouro Preto para a compra de dois conjuntos de campos de petróleo em águas rasas, disseram duas fontes à Reuters, potencialmente descarrilhando um grande desinvestimento no fim do processo.

A Ouro Preto, apoiada pela gigante de private equity EIG Global Energy Partners, entrou em negociações exclusivas em julho com a Petrobras para comprar seus polos Pampo e Enchova, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. Na época, os ativos foram avaliados em cerca de 1 bilhão de dólares.


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A Petrobras está reduzindo participações em campos de águas rasas para se concentrar em ativos considerados essenciais, em águas profundas. O movimento está criando uma oportunidade para pequenas empresas de petróleo e firmas de private equity dispostas a extrair valor de ativos relativamente maduros. Mas o processo tem sido complexo em alguns momentos.

Para a Petrobras, o colapso ou o atraso do acordo para Pampo e Enchova poderia impactar seu plano para atingir uma ambiciosa meta de desinvestimento de 26,9 bilhões de dólares em cinco anos.

Com uma produção combinada de petróleo de cerca de 39 mil barris por dia, Pampo e Enchova somam juntos a maior produção em áreas maduras atualmente no portfólio de desinvestimento da Petrobras.

Em dezembro, no entanto, a Petrobras reabriu a licitação desses ativos, seguindo regras estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). No processo, comum à maioria dos desinvestimentos da Petrobras, os investidores podem apresentar propostas de valores variados, desde que tenham os mesmos termos contratuais do lance vencedor da rodada original.

A Ouro Preto aproveitou a rodada de reabertura para reduzir sua oferta, em parte devido a uma queda nos preços do petróleo, publicou a Reuters em dezembro.

No entanto, a Petrobras, insatisfeita com o corte na oferta da Ouro Preto, rejeitou a proposta atualizada do consórcio, segundo as fontes, que pediram anonimato porque não têm autorização para falar sobre o tema.

A Ouro Preto e a EIG informaram que não vão comentar o assunto. A Petrobras não respondeu de imediato.

O revés demonstra o processo lento, às vezes complicado, em torno dos desinvestimentos da Petrobras, que em alguns momentos frustraram potenciais compradores.

Os próximos passos no desinvestimento de Pampo e Enchova não são claros. Uma das fontes disse que o consórcio da Ouro Preto pode tentar voltar à mesa para retomar as negociações bilaterais com a Petrobras.

Se a Petrobras reabrir o processo a outros potenciais compradores ou abrir uma nova rodada de licitações, isso poderia criar uma oportunidade para empresas como a Trident Energy, apoiada pela firma de private equity Warburg Pincus, que apresentou uma oferta para Pampo e Enchova durante a licitação original, em meados de 2018.

A Trident Energy não respondeu de imediato a um pedido de comentário feito pela Reuters.

Fonte: Terra






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