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Petrobras se prepara para 'viver bem' com petróleo a US$ 50, diz CEO

O processo de redução de custos em curso na Petrobras busca preparar a empresa para “viver bem” com a cotação do petróleo a US$ 50 ou menos. O foco da companhia é se antecipar à desvalorização esperada para os próximos anos, diante do avanço de inovações e da eletrificação da frota, como resposta à preocupação com o aquecimento global.  

“Isso explica nossa ânsia de investir no pré-sal e a busca por custos baixos”, afirmou o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em evento nesta sexta-feira, na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). “Viver com o petróleo a US$ 100 é muito diferente do que com o petróleo entre US$ 40 e US$ 50. É melhor consertarmos o telhado enquanto o sol está brilhando, não quando chegar a tempestade.”

A companhia toca um processo para reduzir de tamanho, com a venda de ativos que não são considerados estratégicos ao negócio. Castello Branco citou como exemplo a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. “Pasadena era uma lata velha pela qual a Petrobras pagou caríssimo.” Um problema técnico acabou adiando o fechamento da venda da unidade americana e deve custar US$ 10 milhões à estatal.

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Como parte do programa de desinvestimentos, a empresa deve vender a participação nas distribuidoras de gás natural em blocos. A outra opção seria negociar, como um todo, a fatia de 51% na Gaspetro — que detém participação em 19 concessionárias.

“Estamos discutindo com a Mitsui [a venda de ativos de distribuição de gás natural]”, afirmou o executivo. A Mitsui é sócia da Petrobras na Gaspetro e detém 49% da empresa de gás.

O executivo também criticou o projeto de criação do Brasduto, fundo para financiar a expansão de gasodutos no país, com os recursos do Fundo Social do pré-sal. Segundo ele, a proposta atende a interesses de “capitalistas inimigos do capitalismo”.

“O projeto do Brasduto é um absurdo. Existe dinheiro da iniciativa privada para construir gasodutos.”

Investimentos

A Petrobras, uma das maiores investidoras do país, deve concentrar a injeção de recursos na região sudeste nos próximos anos. Os focos prioritários serão exploração e produção de petróleo, além de refinarias. Somente no Rio de Janeiro a previsão é de investimentos de R$ 54 bilhões nos próximos cinco anos. Os projetos incluem, por exemplo, a conclusão do gasoduto de escoamento Rota 3 e a unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Comperj, no Rio.

Castello Branco se diz cético em relação a um acordo com a chinesa CNPC para conclusão da refinaria do Comperj, em Itaboraí (RJ). “Estrategicamente, estamos num momento de vender refinarias, não de construir”, afirmou. “O Comperj seria um lugar privilegiado para uma usina térmica a gás natural.”

Lava-Jato

Afetada pelo escândalo de corrupção da Lava-Jato, a empresa vem trabalhando para reverter perdas sofridas com o esquema. A estatal já recebeu R$ 4,028 bilhões em recursos recuperados pela força-tarefa de procuradores e policiais federais.

Os valores são relativos a recursos recuperados a título de ressarcimento de danos, por meio de acordos de leniência e delações premiadas.

O executivo destacou que a companhia foi vítima, no passado, de uma organização criminosa que “assaltou” os cofres da empresa, mas que a estatal já conseguiu “estancar” os desvios.

“A Petrobras é uma empresa do Rio de Janeiro, e como o Rio, sofreu muito nos últimos anos por um assalto organizado. Roubo, assalto e má gestão, que caminham juntos.”

Fonte: Valor



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