Produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira pode criar quase 52 mil empregos no Pará, projeta CNI

Levantamento do Observatório Nacional da Indústria prevê acréscimo de R$ 10,7 bilhões ao PIB do estado

Estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre os impactos econômicos e sociais da produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira mostra que a atividade tem o potencial de criar 326.049 novos empregos formais. Os dados levantados pelo Observatório Nacional da Indústria da CNI apontam também que a extração pode adicionar R$ 65 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional e acrescentar R$ 3,87 bilhões à arrecadação indireta. No Pará, localizado na área de abrangência do projeto, o estudo estima cerca de 52 mil empregos e um acréscimo de 6,2% ao PIB, o equivalente R$ 10,7 bilhões.

Os cálculos tiveram como base o sistema de contas regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, para isolar eventuais distorções por causa da pandemia. A simulação considerou que cada estado produzirá as máquinas e equipamentos necessários para a produção de petróleo, demandando quantitativos de mão de obra de acordo com o volume de produção de cada estado. Além disso, assumiu-se que todo petróleo obtido será exportado.

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Para a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), o estudo comprova os impactos positivos da atividade, que deverá gerar oportunidades para que o estado avance econômica e socialmente. “A exemplo do que ocorre em outras regiões, acreditamos que essa operação industrial deverá movimentar toda a economia, em diversos setores, com estímulo para a criação de novos negócios, geração de emprego e renda e fortalecimento de fornecedores locais com a internalização das compras dentro do próprio Estado”, afirma o presidente da Fiepa, Alex Carvalho.

“A produção de petróleo na margem equatorial viabilizará recursos que poderão melhorar a segurança energética do Brasil, abrir caminhos de transição para a economia verde e a descarbonização, além de promover avanços sociais e na infraestrutura dos estados que compõem a Margem. É importante dizer que isso dependerá da capacidade de o país construir uma governança dos recursos que garanta transparência, metas e fiscalização da aplicação da riqueza obtida a partir da exploração”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi.

As reservas da Margem Equatorial são a principal aposta da Petrobras – companhia que, inicialmente, ficará responsável pela exploração – para manter o nível de produção de petróleo a partir da década de 2030 e para a descarbonização e segurança energética durante a transição para uma economia verde. Segundo a Petrobras, o plano de negócios para o período de 2023 a 2027 prevê a perfuração de 16 poços na região. A companhia vai destinar para a região 49% dos investimentos exploratórios no período, que somam ao todo US$ 6 bilhões.

“Os valores obtidos poderão ser investidos em tecnologia para o desenvolvimento de novas formas de produção de energia verde e sustentável, uma vez que o petróleo é finito, para viabilizar a transição energética tão necessária. Mas, até que os combustíveis mais sustentáveis, como o hidrogênio verde, tenham escalabilidade industrial e sejam economicamente viáveis, o petróleo continuará sendo usado”, diz Lucchesi.



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