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Quem dá mais por 15.000t de aço? Petrobras leiloará plataformas avaliadas em até US$ 400 mil

Quem dá mais por 15 mil toneladas de aço? Ou por uma unidade produtora de óleo e gás? A Petrobras vai leiloar três plataformas de segunda mão, avaliadas em US$ 250 mil a US$ 400 mil cada segundo estimativas de mercado, e já prepara o edital do certame, que deve ser lançado no fim do ano que vem. A venda do trio (P-7, P-12 e P-15), que está fora de operação há algum tempo, faz parte da estratégia da estatal de engordar o caixa para focar em investimentos na produção de petróleo e gás no pré-sal em águas ultraprofundas.

A Petrobras vem se desfazendo de vários ativos. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a venda de subsidiárias de estatais sem a necessidade de aval do Congresso. A decisão é fundamental para o futuro do plano de privatizações da companhia, que inclui a venda da vender BR, Liquigas, malha de gasodutos entre outros.


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A petroleira também pretende se desfazer de sete plataformas até 2021, porque elas já estão próximas do fim de sua vida útil, de cerca de 30 anos. A primeira leva será leiloada. Para as demais, será feita uma licitação para contratar uma empresa especializada em “desmontar” plataformas, processo conhecido como descomissionamento. Essa empresa fica responsável pelo descarte ou venda das peças, um mercado que vem crescendo no Brasil.

O descomissionamento será feito nas plataformas P-33 (Campo de Marlim), PCA-1, PCA-2 e PCA-3 (Campo de Cação). O processo licitatório para as três últimas já está em andamento. Segundo a Sigma Consultoria e Perícia, há no país ao menos 73 plataformas como essas, que têm muitos anos de operação e que podem ser paralisadas. Um mar de oportunidades para empresas que fazem o desmonte ou para pequenas operadoras de petróleo, que tentam ampliar a vida útil das plataformas.

A consultoria e o Estaleiro Mac Laren, em Niterói, criaram o Centro Integrado de Descomissionamento (CID) justamente para explorar esse nicho de mercado. De acordo com Maurício Almeida, sócio-diretor da Sigma, o centro faz desde o desmonte e limpeza das peças até o sucateamento do material:

— Existem dois destinos para as plataformas: ou levar para um CID para corte e venda a sucateiros ou levar para fora do Brasil para sucateiro internacionais. Há ainda compra de plataformas por pequenas operadoras de campos maduros (cujo potencial de produção de petróleo já entrou em fase de declínio).

As unidades que serão leiloadas pela Petrobras estão entre as mais antigas da companhia. Entraram em operação na década de 80, na Bacia de Campos. Ainda assim, podem despertar interesse de pequenas petroleiras.

Sucateiros e siderúrgicas

Após uma “guaribada”, essas plataformas podem ser instaladas em pequenos campos de petróleo ou serem aproveitadas por siderúrgicas, que aproveitam o aço em seus alto-fornos. Outro destino possível são os sucateiros, como o recém-criado CID. 

A P-7 foi construída na Finlândia em 1977 e começou a operar na Bacia de Campos 11 anos depois, mas a produção está parada desde 2016. A unidade possui um total de 20 poços produtores. Já a P-12 começou a operar em 1984 no campos de Badejo, também na Bacia de Campos. Sua produção está parada desde 2015. A P-15, por sua vez, começou a operar em 1983 e, em 2017, encerrou a produção de petróleo. Ela está no campo de Bonito.

O leilão do próximo ano não será o primeiro leilão de plataformas de segunda mão a ser feito pela Petrobras. A empresa já licitou outras duas outras unidades: a P-27 e a P-34. 

Fonte: O Globo






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