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Redução de meta reflete maior seletividade da Petrobras em investimentos

O primeiro plano da Petrobras após a crise causada pela pandemia de covid-19 trouxe como principal destaque a redução das metas de produção.

A atualização indica que a companhia reconhece um cenário mais errático para os preços de petróleo nos próximos anos e que, mesmo com o foco em investimentos no pré-sal e em águas profundas, a petroleira deve deixar de lado ativos com este perfil que sejam mais complexos ou que tenham maiores custos de produção.

A companhia vai manter em seu portfólio apenas ativos rentáveis a um preço de barril de até US$ 35.

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Com isto, a Petrobras agora espera chegar a um volume de produção de 2,75 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) em 2021, alcançando 3,3 milhões de boe/dia em 2024, volume que deve ser mantido até o fim do período. No plano anterior, a expectativa era chegar ao volume de 3,5 milhões de boe/dia em 2024.

“O movimento é forma natural da companhia ajustar a produção diante da assunção de um cenário mais complexo”, explica o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman.

A redução também reflete o andamento dos desinvestimentos e os impactos da pandemia, que levou a Petrobras a interromper a produção em dezenas de campos em águas rasas, além de adiar paradas de produção para manutenção para os próximos anos.

Outro destaque do Plano Estratégico 2021-2025, anunciado nesta madrugada, é a redução nos investimentos dos US$ 75,7 bilhões do plano anterior para US$ 55 bilhões.

O foco continua sendo em atividades de exploração e produção, que vão receber 84% do valor total no período. No entanto, os investimentos previstos para exploração e produção agora são de US$ 46,6 bilhões até 2025, frente aos US$ 64,3 bilhões previstos no plano anterior, refletindo a maior seletividade na escolha dos investimentos.

A redução também demonstra os impactos dos investimentos evitados a partir da aceleração da venda de ativos, além de atualizações no cronograma dos projetos.

Mesmo com eventuais mudanças na data da entrada de novas plataformas em operação, a companhia segue com a previsão de concentrar a maior parte dos investimentos para o quinquênio no ano de 2023, em linha com o plano anterior. A Petrobras pretende iniciar a produção em 13 novos sistemas entre 2021 e 2025, mesma quantidade de novos projetos previstos para 2020 a 2024.

Apesar do ano difícil para a indústria do petróleo em meio à baixa de preços do barril, a Petrobras optou por manter a meta de reduzir a dívida bruta para US$ 67 bilhões em 2021 e US$ 60 bilhões em 2022. A indicação é de que a companhia espera acelerar desinvestimentos nos próximos meses para ajudar no avanço da desalavancagem. Ao fim de setembro, a dívida bruta da companhia estava em US$ 79,6 bilhões.

O avanço nas agendas de responsabilidade social e ambiental das empresas nos últimos meses teve pouco impacto nas decisões da Petrobras. A companhia recentemente criou uma nova gerência focada nas mudanças climáticas, mas manteve praticamente todas as metas anunciadas no ano passado para o tema. As maiores novidades foram o anúncio do objetivo de zerar vazamentos e de reduzir as emissões operacionais absolutas em 25% até 2030, frente à meta anterior de somente manter os volumes.

Fonte: Valor



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