Diante de todo um cenário de pujança na economia pernambucana, o Complexo Industrial Portuário de Suape continua tendo um grande desafio pela frente: a capacitação de trabalhadores e até de empresários. Ontem, durante a quarta edição do Suape Business Meeting (Reunião de Negócios), promovida pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), a qualificação de mão de obra, além da empresarial e laboral, foi tema destacado pelos palestrantes. “Suape precisará de 430 mil profissionais até 2030 e 37 mil empresas com qualificação (em áreas relacionadas a petróleo, gás, offshore e naval ou que atuem com alimentos e bebidas, por exemplo)”, afirmou a sócia-diretora da Ceplan Consultoria, Tânia Bacelar.
Contudo, a demanda por profissionais e grupos especializados se impõe mais cedo, a curto prazo. Entre 2012 e 2015, a procura será por 150 mil trabalhadores de chão de fábrica e 15 mil empresas preparadas para atender aos projetos que aportarão no Estado. “Contratos entre empresas e centros de formação devem ser celebrados para promover a capacitação técnica, incentivos fiscais podem ser dados para os grupos que oferecerem bolsas de estudos, a evasão dos cursos de engenharia tem que ser combatida (de cada 100 alunos que entram no curso, apenas 20% conseguem completar a formação acadêmica)”, salientou Jacques Marcovitch, professor e ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Global Agenda Council for the Future of Latin America (Conselho da Agenda Global para o Futuro da América Latina).
O presidente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e membro da Amcham, Angelo Bellelis, chamou atenção para o fato de que o Complexo Industrial não é mais virtual. “E o Estaleiro é o primeiro exemplo de que as coisas estão dando certo”, frisou. O diretor do Suape Global, Silvio Leimig, ressaltou o crescimento constante de Suape, que segue com mais de 100 empreendimentos em operação e 33 sendo implantados. A última apresentação contou com uma exposição sobre a matéria da TV Jornal Suape: na rota dos Tigres Asiáticos.
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