De Brasília - Até março, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável pelo porto de Itaqui, promete colocar na rua o edital para a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). A obra é um projeto antigo, esperado desde 2005. "Vamos arrancar esse projeto na unha. O terminal terá que ficar pronto o mais rápido possível, para não comprometer os planos do porto", diz Gustavo Lago, gerente de planejamento da Emap.
A preocupação de Itaqui em tirar o Tegram do papel está ligada à chegada da Ferrovia Norte-Sul (FNS), que já teve parte do trecho norte concluído. A malha da FNS será ligada à estrada de ferro Carajás, que está sendo duplicada pela Vale.
O terminal será licitado em lotes. Serão construídos quatro armazéns, cada um com capacidade para 125 mil toneladas. O custo total é estimado em R$ 300 milhões. "Até maio deverá ser iniciada a terraplenagem", prevê Lago. Numa primeira fase, o Tegram terá capacidade para 5 milhões de toneladas por ano. O plano é que o porto de Itaqui possa movimentar até 15 milhões de toneladas de grãos.
Atualmente, os derivados de petróleo representam 56% da carga que passa por Itaqui. Fertilizantes e ferro-gusa também pesam na balança. "Os grãos, principalmente soja, arroz e trigo, representam só 5% da movimentação do porto, mas em três anos essa participação deverá saltar para 30%", diz Lago.
No balanço dos primeiros quatro anos do PAC, Itaqui, que hoje é o quinto maior porto do país em movimentação de cargas, foi o projeto que mais apresentou obras com atraso. Até dezembro, as obras de dragagem do canal de acesso e da bacia de atracação, orçadas em R$ 55 milhões, tinham atingido apenas 45% do planejado. Outros R$ 126 milhões foram alocados para a construção de um novo berço, além do alargamento do cais sul. A conclusão dessas obras está prevista para julho.
(Fonte: Valor Econômico/AB)
PUBLICIDADE