A América Latina Logística (ALL) teve lucro abaixo das expectativas do mercado para o segundo trimestre, com as operações ferroviárias enfrentando um fraca demanda e diante da queda no volume transportado pela unidade Ritmo Logística.
O lucro líquido foi de líquido de R$ 93,8 milhões, inferior à previsão de lucro líquido de R$ 130 milhões, segundo a média de estimativas compiladas pela Reuters.
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No segundo trimestre de 2013, a companhia tivera prejuízo de R$ 74,4 milhões, refletindo uma baixa contábil dos ativos na Argentina, cujas concessões foram rescindidas pelo governo.
A receita líquida consolidada da ALL somou R$ 1,077 bilhão, alta anual de 4,1%, impulsionada pelo aumento do yield médio (indicador de preços de frete) das operações ferroviárias e pelo maiores volume da unidade Brado Logística, parcialmente ofuscado pelo pior desempenho da Ritmo Logística.
O yield médio das operações ferroviárias avançou 4,4% na base anual, amparado nas tarifas fixadas nos contratos "take-or-pay" num momento de preços de frete reduzidos no mercado à vista, disse a ALL.
Analistas esperavam avanço de 7% na receita líquida, segundo pesquisa Reuters.
VOLUME
O volume transportado pelas operações ferroviárias da ALL cresceu apenas 0,9% na comparação anual. A companhia afirmou que enfrentou "um cenário muito difícil em termos de demanda, uma vez que a China reduziu bruscamente sua demanda de importação de grãos do Brasil durante o período", acrescentando que sofreu em junho com o volume excessivo de chuvas, que interrompeu trechos na região Sul por cerca de 10 dias.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da ALL, que já havia sido divulgada pela companhia em prévia de resultados, ficou em R$ 579,5 milhões, variação positiva de 0,2% na comparação anual.
O Ebitda da Brado Logística avançou 39,8% no segundo trimestre, a R$ 15,5 milhões, com crescimento de 17,9% nos volumes transportados impulsionado pelos corredores da Bitola Larga e Paraná.
Já o Ebitda da Ritmo Logística caiu 51,3%, a R$ 3,4 milhões. O volume transportado da unidade caiu 33,9%, com a descontinuação de operações de baixa rentabilidade na unidade de soluções dedicadas e menor demanda de transporte de commodities agrícolas na unidade intermodal.
A ALL disse esperar melhora nas perspectivas para o segundo semestre, uma vez que "as exportações de grãos devem retomar seu fluxo normal e as exportações de açúcar devem crescer no Porto de Paranaguá".
Fonte: Folha de São Paulo\DA REUTERS