Sob a expectativa do lançamento do Plano Nacional de Ferrovias, a Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport) defende a continuidade dos estudos e plena operação da EF-170, conhecida como Ferrogrão. A entidade considera o tema de grande importância para quem trabalha e vive nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.
O Ministério dos Transportes avançou nos debates sobre a EF-170 nos últimos dias, ao anunciar a criação de um canal exclusivo para encaminhamento de sugestões ao Grupo de Trabalho designado para acompanhar os processos e estudos relacionados à ferrovia. O canal está aberto à toda a comunidade, assegurando plena participação social. “Vimos com bons olhos este avanço, pois é de extrema importância a participação de toda a sociedade civil no processo de desenvolvimento da Ferrogrão”, disse Flávio Acatauassú, diretor-presidente da Amport.
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Segundo a entidade, a ferrovia possibilitará a redução substancial dos custos de logística de transporte ao ligar o município de Sinop, no Mato Grosso, ao Porto de Miritituba, no Pará, promovendo geração de impostos, empregos para a população local e consequente elevação da qualidade de vida e do IDH da região do Arco Amazônico.
“É preciso avançar. O país não pode mais prescindir de uma obra estruturante deste porte, que descarbonizará a cadeia logística utilizada e trará inúmeros benefícios não só para a região, como para toda a economia do país. Defendemos que todos os estudos sejam finalizados e tenham os seus resultados respeitados, mas é fundamental que o processo de implantação da Ferrogrão prossiga”, disse Acatauassú.
O executivo afirma também que a movimentação de cargas na região é intensa e apresenta crescimento ascendente, sendo fundamental a integração dos modais ferroviário e hidroviário para atender a esta demanda. “No 1º semestre de 2023 já movimentamos 30% a mais que em 2022. E a tendência é que este número continue crescendo. Hoje, temos uma capacidade instalada de 58 milhões de toneladas e temos projeções de expansão de mais de 42 milhões de toneladas nos próximos dez anos. Desta forma, a Ferrogrão é peça fundamental para que consigamos escoar a produção do agro, principalmente milho, soja, algodão, açúcar e etanol, bem como para a movimentação de combustíveis, fertilizantes e produtos manufaturados na Zona Franca de Manaus com qualidade e eficiência".