Depois que a Secretaria de Portos aplicou R$ 138 milhões na dragagem do Porto do Rio de Janeiro e a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) autorizou o projeto, a Companhia Docas do Rio de Janeiro anunciou nesta sexta-feira investimentos de R$ 1,2 bilhão na modernização dos terminais da cidade.
As obras de expansão vão ampliar três terminais. A Antaq aprovou a expansão nesta quinta-feira. Com a medida, os terminais – arrendados pela Libra Terminais e MultiTerminais – serão ampliados, e o porto do Rio passará a ter o maior cais contínuo de contêineres do Brasil. O empreendimento conjunto das duas empresas pretende ampliar suas capacidades de operação.
“A dragagem do governo federal, no valor de R$ 138 milhões, fez do porto do Rio um ‘player’ importante na movimentação de contêineres no Brasil e viabilizou investimentos privados de quase dez vezes esse valor. Poderemos receber navios post-Panamax (navios de dimensões superiores à classe Panamax, que cabem nas eclusas do Canal do Panamá). Não fosse isso, os terminais do Rio estariam fadados a ser marginais, linha secundária”, afirmou o diretor-presidente da CDRJ, Jorge Luiz de Mello.
A expectativa é que, até 2018, as operações no porto cheguem a 25 milhões de toneladas/ano, quase o triplo das atuais 9 milhões/ano. “O que vemos de importante nas expansões é a resposta a um planejamento de governo, que garantiu a infraestrutura”, disse o secretário-executivo da Secretaria de Portos, Mário Lima Júnior.
No terminal de veículos da Multi-Car, será ainda construído um edifício-garagem que ampliará a área de 7.000 metros quadrados para 12.000 metros quadrados.
Terminal do “Meio”
Docas informou que vai lançar em breve o edital de licitação para arrendar à iniciativa privada área de 245.400 metros quadrados do Porto de Itaguaí, o chamado “terminal do Meio”, por ficar entre os terminais da Vale e da CSN. Com saída para a Baía de Sepetiba, será usado para granéis sólidos.
“Será basicamente para minério, mas estará autorizado a operar qualquer tipo de granel”, explicou Jorge Luiz de Mello, de Docas.
O local poderá movimentar 25 milhões de toneladas por minério por ano e pode chegar a até 44 milhões. O vencedor do processo, que permitirá o arrendamento por 25 anos, renovável por mais 25, terá de investir R$ 1,5 bilhão, em superestrutura e infraestrutura. O arrendamento vai ampliar a movimentação do Porto de Itaguaí de 55 milhões de toneladas por ano para 80 milhões de toneladas.
Fonte: Ultimo Segundo
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