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Área de transportes espera grandes investimentos

De olho nas previsões de vultosos investimentos para a infraestrutura de transporte, grandes corporações espanholas que já haviam demarcado posição no território brasileiro se preparam para ampliar suas conquistas.
"Consideramos o Brasil um mercado estratégico para garantir o crescimento econômico da empresa e isso está registrado em nosso plano estratégico para o período de 2010/2013", diz Enrique Muruás, diretor econômico-financeiro do Grupo Acciona.
A empresa tem negócios no Brasil há mais de 15 anos, em ramos como construção, engenharia e concessões. Em 2008, fortaleceu sua atuação na área rodoviária, vencendo a licitação para administrar, conservar e realizar melhorias na Rodovia do Aço, uma extensão de 200 quilômetros de estradas entre as cidades de Volta Redonda e Além Paraíba, no Estado do Rio de Janeiro. O contrato, de 25 anos, prevê investimentos totais de R$ 524,4 milhões. Além do interesse em outras áreas onde o grupo espanhol tem grande expertise, como energias renováveis e saneamento, a Acciona está atenta aos projetos na área de concessão rodoviária e também em portos. "O setor de infraestrutura é especialmente importante, e a avaliação é de que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos devam estimular as oportunidades", analisa Muruás.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que nos próximos três anos, os investimentos em portos no Brasil deem um salto, passando dos R$ 5 bilhões investidos entre 2005 e 2008 para R$ 14 bilhões entre 2010 e 2013. No setor de rodovias, a previsão é de que os investimentos aumentem 45,4%, o que significa R$ 10 bilhões a mais de recursos até 2013 sobre os R$ 23 bilhões aplicados entre 2005 e 2008.
Os interesses da Obrascon-Huarte-Lain (OHL) convergem também para as rodovias, notadamente concessões, uma vez que a corporação espanhola é o sétimo grupo de concessão de rodovias no mundo, de acordo com ranking da "Public Works Financing 2009", e é o primeiro investidor de rodovias pedagiadas na América Latina.
O Grupo OHL está no Brasil desde 1998, por meio da OHL Concesiones, que tem 60% do capital da OHL Brasil. Os restantes 40% das ações da brasileira estão no mercado. Essa divisão de concessões foi responsável, em 2009, por 61% do EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da corporação espanhola, fundada há mais de 90 anos, com atuação no ramo de construção, área industrial, meio ambiente e desenvolvimento e concessões e serviços.
"Para a OHL Brasil está prevista a continuidade de seu papel como promotora do desenvolvimento da infraestrutura do Brasil", afirma Juan Osuna, CEO (Chief Executive Officer) da OHL Concesiones. Para ele, o Brasil se consolidou e é um dos países estratégicos para a atuação da empresa. A OHL Brasil administra 1.147 quilômetros de rodovias no Estado de São Paulo. Em 2007, arrematou quatro importantes lotes de rodovias federais, num total de 1.696 quilômetros.
Além de portos e rodovias, as ferrovias também estão no alvo das empresas espanholas. Segundo o BNDES, para os trilhos o investimento deverá chegar a R$ 29 bilhões até 2013, ante os R$ 16 bilhões investidos entre 2005 e 2008. Além disso, há estimativa de investimentos de R$ 34,6 bilhões para a construção do trem de alta velocidade (TAV), que deverá ligar Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
"Temos grande experiência em TAV, pois somos parceiros de projetos desse tipo na Espanha, em Portugal e também na Turquia", diz Paulo Fontenele, presidente da CAF Brasil. Recentemente, a CAF espanhola investiu R$ 200 milhões na primeira fábrica de trens da marca no Brasil, em Hortolândia (SP). Com faturamento de € 120,1 milhões em 2009, a CAF venceu, em 2008, uma licitação para o fornecimento de 320 carros para a CPTM e 102 para o Metrô, por um valor de R$ 1,6 bilhão. Em junho de 2009, venceu outra disputa, de 8 trens para a CPTM, por R$ 272 milhões. Em 2010, foi a única concorrente para a primeira PPP da CPTM, e levou o fornecimento e a manutenção de 36 trens por 20 anos, com uma oferta de R$ 1,8 bilhão.

Fonte: Valor Econômico/ Carmen Lígia Torres, para o Valor, de São Paulo

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