A guerra entre ambientalistas e quem luta pelo desenvolvimento de Ilhéus está aberta. Ontem, um grupo entregou abaixo-assinado à ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira. A maioria das assinaturas é de entidades de outros estados.
Ele pedia que a construção do complexo portuário do Porto Sul não seja liberada. Mas diversas entidades que aparecem "assinando" o documento denunciam que nunca assinaram e são a favor da obra.
Na quinta, foi a vez dos representantes das entidades que defendem a construção do empreendimento. Eles enviaram ao governador Jaques Wagner e à ministra do Meio Ambiente um documento defendendo o Complexo Intermodal Porto Sul.
As entidades instaladas em Ilhéus defendem que os investimentos vão gerar renda e empregos para a região. Eles dizem que ele não vai causar o impacto ambiental que as entidades contrárias divulgam.
Favoráveis ao projeto, as entidades empresariais e comunitárias de Ilhéus acusam os ambientalistas de defender interesses financeiros de empresários de outros estados e países.
A entrega do documento foi decidida na quarta, durante reunião no auditório da Justiça Federal, em Ilhéus. O encontro foi promovido por representantes de sindicatos, cooperativas, entidades indígenas e associações de moradores.
Além de um porto off-shore, o projeto de desenvolvimento também inclui a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, aeroporto internacional, área industrial, novos acessos rodoviários e uma Zona de Processamento de Exportações.
O projeto do Complexo Intermodal Porto Sul é a principal aposta do governo baiano para um novo ciclo de desenvolvimento na região. Para ele, o projeto é marcado por duas realidades que não se contrapõem: industrialização e sustentabilidade.
Para a implantação do Complexo Intermodal Porto Sul devem ser investidos cerca de R$ 5 bilhões. A ferrovia, que vai ligar Ilhéus ao estado de Tocantins, deve ser a primeira obra a sair do papel.
Fonte: Jornal A Região
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