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Ausência do superintendente do porto frustrou o encontro da Acisnorte

O encontro promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São José do Norte na manhã de ontem, no auditório da Promotoria de Justiça, que teve por objetivo debater temas como preparação do Município para a instalação do estaleiro da EBR, travessia da balsa entre São José do Norte e Rio Grande e prejuízos para o Município e, ainda, falta de conservação do píer de atracação em frente à cidade, terminou frustrado pela ausência do superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes, ou de um representante.

Mesmo assim, com a casa cheia pela presença de vereadores, de representantes da Prefeitura Municipal e de entidades de classes e lideranças nortenses, além de pessoas da comunidade, foram debatidos os temas propostos, através da mesa constituída pelo presidente da Acisnorte, Luiz Escobar, por Mario Almeida (representando o Executivo Municipal), por Luiz Carlos Costa (presidente da Câmara Municipal de Vereadores), pela coordenadora de administração de contratos do Estaleiro do Brasil S.A., Marta Krafta, que se fez presente acompanhada pelo assessor Rodrigo Schwez, assim como pelos vereadores presentes (Maria Conceição Machado, Fernando Antonio Machado, Alexandre Carinha Novo e Christino Mattos de Azevedo), pelos secretários da Prefeitura e pelas lideranças comunitárias.

O presidente Luiz Escobar abriu o encontro lamentando a ausência de Dirceu Lopes que, na última hora, salientou a impossibilidade de comparecimento, considerando estar à disposição do governador do Estado, "muito embora o chefe do Executivo rio-grandense encontre-se em férias", e que nem sequer se designou a enviar um assessor técnico para debater os importantes temas colocados na pauta dos trabalhos.

No seguimento, usou da palavra o assessor do governo municipal, Mario Almeida, que salientou a disposição do Município em trabalhar, como vem fazendo, para que todo o processo de instalação do EBR tramite naturalmente. Almeida deixou claro quanto à travessia da balsa que, em abril, a atual embarcação que está sendo utilizada para a travessia deverá sair de circulação por determinação legal, devendo a travessia ganhar uma nova barca para a sua atividade. A direção da firma F. Andreis estará colocando, segundo informou, uma segunda embarcação em tráfego a partir do dia 10 deste mês, visando melhorar o tráfego de veículos entre os dois municípios.

Para o vereador Luiz Carlos Costa, presidente do Legislativo, a ausência do superintendente do porto foi uma surpresa: “pois, para atividades políticas no Município, ele está sempre disponível, mas, quando se trata de debater temas importantes, resolve não comparecer, num desrespeito à Acisnorte e aos que aqui compareceram. Pode-se até acreditar que houve disposição prévia de esvaziar o encontro”. Luiz Carlos lembrou, ainda, que há cerca de um ano teve, juntamente com o vereador Alexandre Carinha Novo, um encontro com Dirceu Lopes na sede da Superintendência, onde recebeu a promessa de que, em cinco meses, o canal Miguel da Cunha e a doca de São José do Norte estariam sendo dragados. No entanto, já se passou mais de um ano do encontro e, até agora, nada foi feito.

O vereador colocou a Câmara Municipal à disposição da Acisnorte e da direção da EBR para colaborar com o que for possível, visando às melhores condições para que a empresa instale-se em São José do Norte, levando a esperança de um melhor futuro para a comunidade, quer pela geração de empregos, quer pela base que firmará a presença de muitas outras empresas.

Marta Krafta, por sua vez, discorreu sobre o trabalho que a direção da firma vem realizando no sentido de acertar todos os itens constantes da Licença Prévia (já conquistada) e chegar ao segundo estágio, que será a licença de instalação dos trabalhos de campo. Ela informou que existe um acordo entre a Estaleiros do Brasil S.A., o governo do Estado e o governo do Município para que todos os entraves sejam solucionados, para que o início das obras possa acontecer o mais rápido possível. Existem muitos problemas pendentes de solução, como abastecimento de água, luz, comunicação, estrada etc.

A coordenadora ainda afirmou: "conquistada a Licença Prévia, passaremos a outras etapas, com encontros de trabalho visando às condições do Município para receber a firma. Dentro dessa ótica, haverá encontros com as áreas de saúde, educação, habitação etc.". Após, a reunião passou para o debate com a assistência, através de perguntas e respostas, como aconteceu com um morador da Vila Nova, que perguntou quanto à "limpeza da área", salientando que o prefeito teria enviado à Justiça um pedido de reintegração da área, "que estaria sofrendo problemas de invasões através de pessoas interessadas em tirar proveito", o que não seria o certo, considerando, segundo o morador do local, que existe casa comercial naquela vila com mais de 50 anos, assim como outras com menor tempo de atividade, mas que não são invasores".

A pergunta foi respondida pelo secretário de governo Bercílio Silva, que salientou não ser possível esse pedido ter partido da Prefeitura, posto que não caberia ao Município solicitar reintegração de posse de uma área que não lhe pertence. “A área onde se instalará o estaleiro é de Marinha e, portanto, de propriedade da União. Se verdade que houve tal ofício, existe uma grande falha por parte do Município e, por isso, estarei em contato com a Procuradoria da Prefeitura para tomar ciência do fato”, salientou.

Foram ainda debatidos temas relativos à estrada BR-101, como a pavimentação da área de contorno da cidade; à travessia da balsa pela região da Barra; à retirada dos pescadores da Vila Nova para outra área junto à margem da Lagoa, entre outros.

Fonte: Jornal Agora (RS)






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