Na busca de alternativas para os gargalos da infraestrutura e de energia no Estado, a bancada gaúcha no Congresso realizou debate com técnicos especializados, no Memorial do Legislativo - junto à Assembleia, na segunda-feira, 21. O debate foi proposto pelo coordenador da bancada, deputado federal Alceu Moreira (PMDB), com a colaboração do governo do Estado, Fiergs e UFRGS.

O parlamentar destacou que a população precisa saber detalhes destas áreas para criar massa crítica. “É de responsabilidade da bancada trazer esse debate para o Rio Grande do Sul e, na medida do possível, tentar equacionar esses problemas, naquilo que toca na responsabilidade dos governos e da articulação política”, afirmou Alceu Moreira.

O engenheiro e professor da UFRGS, Luiz Afonso dos Santos Senna, indicou que os gargalhos devem ser tratados em rede e não pontualmente. “Transporte não é visto como rede, por nenhum nível de governo. Ele é visto como ação individual e isto vai nos levar a um colapso na nossa infraestrutura. Eu falo do país, do estado e dos municípios, todos eles reproduzem a mesma estrutura olhando pontualmente e não para a rede”, ressaltou.

“Qualquer manual de economista sempre coloca a questão tributária e a logística como gargalo para desenvolvimento. Nós produzimos a soja mais barata do mundo e perdemos em logística cara”, criticou o coordenador-geral do Conselho de Infraestrutura e diretor da Fiergs, Ricardo Portella Nunes, que ainda cobrou a ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho.

O engenheiro do Conselho de Infraestrutura da Fiergs, Ronaldo Mabilde Lague, também diagnosticou que, em decorrência das condições meteorológicas críticas e recorrentes, a partir do verão 2013/2014 passou a ficar submetido a risco de corte de suprimento. "Podemos ficar sem luz no próximo verão, em função do crescimento de consumo de energia elétrica”, constatou.

Em nome do governo gaúcho, o Secretário de Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues, apresentou os dados atualizados das obras que estão sendo realizadas no Estado.

Fonte>: Jornal Agora (RS)

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