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BNB pressiona BNDES por recursos adicionais

Banco de fomento garantiu dispor de crédito, desde que projetos não tenham equipamentos importados

Com R$ 40 bilhões em carteira de empreendimentos novos, mas sem os recursos necessários disponíveis para atender a demanda da região, o Banco do Nordeste (BNB) volta a pressionar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por mais recursos para financiar os novos negócios e oportunidades que surgem, a partir das expansões dos portos de Itaqui, no Maranhão; Suape, em Pernambuco e Pecém, no Ceará. "Temos R$ 40 bilhões em potencial de investimentos, sobretudo no setor de logística", contabilizou, na tarde de ontem, o diretor de Gestão de Desenvolvimento do BNB, José Sydrião de Alencar.

Segundo ele, o Nordeste vive "uma janela de oportunidades", por um período, de pelo menos, dez anos, com vantagens competitivas para atrair grandes investimentos e que não pode prescindir de recursos para o seu desenvolvimento. "Os grandes projetos estratégicos estão chegando agora ao Nordeste", alertou Alencar, ao mediar exposição do superintendente da área de Operações Indiretas do BNDES, Claudio Bernardo Guimarães de Moraes, na tarde de ontem, durante o XVII Fórum BNB de Desenvolvimento.

Nacionalização

Em resposta aos pleitos do Banco, questionados pela reportagem, Moraes disse que o BNDES dispõe dos recursos financeiros que o BNB precisar, desde que os projetos dos empreendimentos apresentados não contenham produtos e equipamentos importados. "A orientação é de, no caso da necessidade de equipamentos importados, financiar similar nacional e se não tiver, realizar o financiamento por meio de operações em dólar ou por meio de outra cesta de moedas", explicou Moraes.

Em sua apresentação sobre a estratégia do BNDES para financiar pequenos negócios, Moraes descreveu as várias linhas de crédito disponíveis na instituição, a exemplo do Finem e do BNDES Automático, para projetos de investimentos; o Finame, PSI e o Cartão BNDES, para aquisição de máquinas e equipamentos e o Progeren, para capital de giro. Conforme expôs, no período de abril de 2010 a março de 2011, o banco realizou 656.748 operações no País, com desembolso de R$ 167,9 bilhões, sendo 25%, ou R$ 46,9 bilhões destinados a 467.029 micros e pequenas empresas.

Desembolsos

Para o Nordeste porém, no período de janeiro a junho último, o BNDES desembolsou, por meio do BNB, apenas R$ 50,3 milhões, em 559 operações de crédito, o que coloca a região na 12ª posição no País, com participação de apenas 1,3%, no bolo dos recursos.

Nos projetos de financiamento, no período de 2009 a julho deste ano, o Nordeste foi "contemplado" com 38.811, ou 13% das operações aprovadas, totalizando R$ 11 bilhões, enquanto o Sudeste aprovou 132.326 projetos e angariou R$ 56,9 bilhões. Já por meio do Progeren, o BNDES aprovou às MPEs nordestinas 363 operações, ou R$ 122,3 milhões.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO/AGÊNCIA REUTERS






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