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Brasília e ALL discutem 'plano de safra'

A concessionária de ferrovias América Latina Logística (ALL) e o governo estão negociando um plano para minimizar os problemas de transporte de grãos da safra atual, principalmente de soja para o porto de Santos, como apurou o Valor. Na semana passada, houve uma primeira reunião com esse objetivo reunindo representantes do Ministério dos Transportes, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da empresa e um novo encontro está marcado para a próxima segunda-feira para avaliar o "plano de safra" da ALL.

Conversações com outras companhias de logística também estão na pauta e a ideia é tentar melhorar mesmo que marginalmente as condições de escoamento da safra com medidas paliativas, já que para acabar com as dificuldades são necessárias obras de infraestrutura de médio e longo prazos.

Nos últimos dias, circularam informações de que essas reuniões tratariam da possibilidade de cassação das concessões de ferrovias da ALL diante do que seria a avaliação da ANTT de que a empresa não investe o suficiente para a manutenção adequada das linhas férreas e do número alto de acidentes registrado nos dois últimos anos. A companhia está envolvida em uma série de polêmicas, inclusive sobre um acordo comercial de transporte de açúcar com a Rumo, do grupo Cosan, em que as duas partes alegam que a outra não está cumprindo os termos do acerto.

Técnicos da ANTT já estariam levantando informações que poderiam servir de base para um eventual pedido de cassação da concessão federal. Esse é, porém, um processo longo e complexo e o governo não adotaria uma medida como a cassação de uma concessão sem antes longas e detalhadas negociações com a empresa - o que não está ocorrendo no momento, segundo apurou o Valor.

Revogar os direitos da ALL sobre as ferrovias, mesmo que apenas alguns trechos delas, seria especialmente complicado num ano em que o governo federal pretende fazer deslanchar as licitações no setor ferroviário, que não avançaram em 2013 como ocorreu com rodovias e aeroportos. A decisão de cassar uma concessão ferroviária, se fosse tomada de forma unilateral, sem conversações prévias com a empresa privada, certamente assustaria investidores nacionais e internacionais, que o governo quer atrair para novos projetos do setor. Além disso, essa é uma decisão que transcende as áreas técnicas da ANTT e do Ministério dos Transportes.

Fonte: Valor Econômico/Célia de Gouvêa Franco | De São Paulo






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