A fila de caminhões que aguardam para serem vistoriados no porto seco da Receita Federal em Guaíra, no Oeste do Paraná, chegou a 101 caminhões, na última terça-feira (21), segundo o comando local do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (SindiFisco). A expectativa é de que as carretas permaneçam mais de três dias paradas até serem auditados.

De acordo com o auditor fiscal Flávio Bernardino de Carvalho, do comando local de mobilização do sindicato, o pátio do porto seco está congestionado. Ele atribui a demora à Operação Padrão que os auditores fiscais fazem em âmbito nacional, como forma de pressionar o governo federal. O movimento já dura cinco meses, com a categoria reivindicando reposição salarial de 30%.

“Entendemos que esse porcentual [30%] equivale às perdas salariais que tivemos desde 2008. Apesar da mobilização, não há uma precisão de acordo, porque o governo federal não sinalizou que pretende retomar as negociações”, disse.

Falta de servidores

Já o auditor fiscal José Augusto Galera, que trabalha no porto seco de Guaíra, vincula o tamanho da fila de espera ao reduzido quadro de funcionários. Dos dez auditores fiscais lotados em Guaíra, seis estão afastados (por licenças, curso ou férias). Os quatro que permanecem em atividade, apenas um está trabalhando no porto seco. Dois estão passando por um curso de curta duração e outro está cobrindo a função do chefe do porto, que está em férias. “Por causa disso, o procedimento está atrasando mais que o normal”, explicou Galera.

Passam pelo porto caminhões que importam produtos, principalmente grãos. Assim que são admitidos no pátio do porto seco, os veículos são destinados a um dos três canais de vistoria: o verde (cujo processo de verificação é mais rápido), amarelo (em que toda a documentação é analisada) e o vermelho (processo de inspeção mais rigoroso, com avaliação física da mercadoria importada). A previsão é de que na próxima semana a fila sofra redução gradativa.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)/Felippe Aníbal

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