Se todas as condições, como as climáticas, estiverem satisfatórias, o casco da plataforma de petróleo P-63 deverá iniciar até amanhã a manobra para ingressar no porto do município de Rio Grande. A estrutura, que já se encontra em águas nacionais e passava ontem por inspeção, desencadeará uma complexa operação logística.
A assessoria de imprensa da Quip, companhia que fará a integração dos módulos (equipamentos que executam determinadas funções como, por exemplo, compressão de gás), informa que, para a P-63 atracar no cais da empresa, será preciso retirar a P-58 (outra plataforma em que o grupo está trabalhando). O casco da P-58 será transferido, momentaneamente, para o cais do Terminal de Contêineres (Tecon) ou para o do Estaleiro Rio Grande (ERG).
A decisão depende ainda da confirmação do dia em que a P-63 realizará a manobra de entrada no porto. A medida será necessária para aproximar a P-63 dos guindastes que içarão os módulos, pois a P-58 já recebeu os equipamentos. Após aquele casco atracar, a P-58 retorna para o canteiro da Quip. Toda a operação deve durar dois dias.
A P-63 tem um comprimento de 334 metros e 57,3 metros de boca (largura). O casco da plataforma é proveniente da conversão do navio-tanque BW Nisa, que estava sendo feita pelo Estaleiro Cosco, em Dalian, na China. A estrutura deixou a Ásia em novembro do ano passado para a integração dos módulos ser feita no Rio Grande do Sul. A plataforma, que absorverá um investimento total de cerca de US$ 1,3 bilhão, terá capacidade de produção de 140 mil barris de óleo ao dia e 1 milhão de metros cúbicos de gás. Será operada por uma joint venture entre Quip e BW Offshore por um prazo de 36 meses, antes de ser entregue à Petrobras, que encomendou o complexo.
A previsão da Quip é de que a integração e o comissionamento da P-63 sejam concluídos até junho deste ano. Também em 2013, mas no segundo semestre, deverão ser finalizadas as mesmas ações nas plataformas P-55 e P-58, que também estão sendo desenvolvidas no porto gaúcho.
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