Situação tende a se agravar porque nesta segunda voltou a chover na região
O Brasil responde por quase metade do mercado global de açúcar. Porém, está difícil exportar. A fila de embarcações no porto se mantém, mesmo depois de meses de tempo seco. Cerca de 100 navios estão parados aqui no porto de santos. Com a chuva, os embarques são suspensos e a situação tende a piorar.
O analista da Archer Consulting, Arnaldo Corrêa, lembra que o atraso nos embarques aumenta o custo da exportação.
— Prejudica no sentido de que alguém tem que pagar essa conta, a conta da estadia do navio no porto. Alguém tem que pagar essa conta. Essa conta vai ser paga pelo produtor, pelo exportador, pela trading, ou pelo importador. Depende do contrato de cada um. Mas, de qualquer maneira, é um custo. E esse custo é refletido muitas vezes no prêmio — diz Corrêa.
— No começo do ano, o que aconteceu foi que o preço ficou muito alto e depois o preço despencou. E todo mundo achou que esses preços ficariam baixos por muito tempo, mas o preço voltou a subir, então teve esse congestionamento como também existe esse congestionamento interno no Brasil para chegar esse açúcar até o porto — explica o presidente da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), Marcos Jank.
A demanda aquecida pelo açúcar brasileiro é um dos principais motivos para o congestionamento no porto. A produção caiu em alguns países e neste momento só o Brasil tem o produto para exportar. Com isso, o preço voltou a subir. Desde maio, quando o açúcar estava em torno dos US$ 0,15 por libra-peso, houve alta de mais de 60%. O produto na bolsa de Nova York vem sendo cotado acima dos US$ 0,23.
— É difícil saber até onde vai subir, mas não deve haver queda — completa Arnaldo Corrêa.
Fonte: Zero Hora/Kellen Severo | Santos (SP)
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