SÃO PAULO  - A Cianport, braço logístico da trading de grãos Fiagril, obteve o contrato de adesão da Secretaria Especial de Portos (SEP) para o seu primeiro terminal portuário no país, o Terminal de Uso Privado (TUP) de Ilha de Santana, no Amapá. O contrato é o sinal verde para que o empreendimento obtenha as demais licenças.

De acordo com a empresa, a construção do novo porto deverá ter início em setembro ou outubro de 2015, período esperado para que a Licença de Instalação (LI) seja emitida pela autoridade estadual de meio ambiente.

“Nossa expectativa é entrar em operação no segundo semestre de 2017”, disse ao Valor Luiz Antonio Pagot,  ex-presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e hoje à frente, como consultor, da estruturação logística da Cianport.

O terminal é um dos pontos do projeto logístico estruturado pela empresa para levar adiante o escoamento de grãos de regiões do Centro-Oeste pelo Norte brasileiro. A ponta inicial é a estação de transbordo de cargas pelo rio Tapajós em Miritituba, no Pará. Ali, as obras já estão em andamento e a previsão é de que se torne pré-operacional até maio. Mantido o cronograma, o primeiro embarque de grãos deverá ocorrer em julho.

Já no Amapá, a Cianport finaliza seu terminal de grãos dentro do porto organizado administrado pela Companhia Docas de Santana, com capacidade máxima de escoamento é de 1,8 milhão de toneladas por ano. Em janeiro, o terminal deve entrar em fase pré-operacional.

Com a TUP de Ilha de Santana, a Cianport conseguirá alavancar em mais 3 milhões de toneladas o transporte anual de grãos. “Teremos uma vantagem competitiva porque estamos a 15 quilômetros do Hemisfério Norte, mais perto da Europa, do Golfo do México e do Canal do Panamá”, disse Pagot.

Criada em 2012, a Cianport é uma joint venture da Fiagril, que tem 40% da empresa, e da Agrosoja, dona dos 60% restantes. O investimento no arco norte é da ordem de R$ 550 milhões.

Fonte: Valor Econômico/Bettina Barros

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