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Cinco grandes projetos são reivindicados

Mato Grosso está trabalhando com cinco grandes projetos de obras para melhorar a logística da região, que é cara, ruim e tira a competitividade dos produtos frente à produção dos outros mercados.
Segundo o coordenador executivo do Movimento Pró-Logística e Infra-estrutura da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e membro da Câmara de Logística e Transporte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Edeon Vaz Ferreira, a consolidação dos modais de transporte vai alavancar a economia de uma forma “unificada e rápida”, gerando ganhos à cadeia produtiva, ao Estado e ao consumidor.
Ele lembra que para uma obra acontecer é preciso ter primeiro o projeto. “Não adianta falar em melhorar [a infra-estrutura do Estado] se o projeto não estiver no papel, assim como as diretrizes de onde e de que forma fazer”.
Na avaliação de Edeon Ferreira, a BR-163 (Cuiabá-Santarém) já está acontecendo. As obras, depois de passarem algum tempo paralisadas, foram retomadas e seguem firmes em direção ao Pará, com várias frentes de trabalho nos canteiros ao longo da estrada.
Os demais projetos, observou, também já estão elaborados e com recursos praticamente garantidos para sua execução. Entre eles, Edeon Ferreira cita a implantação da BR-242, ligando Sorriso ao Ribeirão Cascalheira, a BR-158, a Ferrovia Centro-Oeste - cortando todo o estado de Mato Grosso - e a construção de um terminal de embarque em Lucas do Rio Verde (354 Km ao norte de Cuiabá), além da hidrovia Teles Pires-Tapajós, onde o porto de embarque deverá ser Sinop ou Colíder, visando o transporte dos produtos até ao porto de Santarém, no Pará", detalhou.
RENTABILIDADE – O coordenador do Movimento Pró-Logística lembrou que com o equacionamento do problema logístico, a rentabilidade do produtor vai aumentar, o que poderá beneficiar também o consumidor com produtos mais baratos. “Gastando menos com frete, o produtor terá um lucro melhor”. Edeon acredita inclusive que, após consolidados os projetos para a região norte do Estado, Sinop (503 km de Cuiabá) poderá se transformar em um centro de distribuição dos produtos fabricados, a exemplo da Zona Franca de Manaus.
Na opinião de Edeon Ferreira, o meio ainda mais eficaz em termos de custo é a hidrovia. E lembrou que nos países mais desenvolvidos o transporte hidroviário reduz o valor do frete em até 30%. "Se a gente aqui conseguir 40% a menos que o frente rodoviário, já haverá um ganho muito grande. Imagina o ganho que a população terá com a mudança deste cenário?”. (MM)

Fonte: Diário de Cuiabá


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