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Codesp resgata história do porto

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), promoverá no dia 02 de fevereiro, aniversário de 120 anos do Porto de Santos a apresentação do Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural do Sistema Viário da Margem Direita do Porto. O trabalho desenvolvido abrange a história documentada do porto e sua região e a coletada através de depoimentos de trabalhadores portuários e cidadãos das regiões no entorno da Avenida Perimetral de Santos, editada no livro “Paisagens Culturais da Baia de Santos”. O evento marcará ainda a inauguração do Museu Virtual do Porto de Santos. _ Assessoria de Imprensa.

Na ocasião, ocorrerá, também, a entrega ao prefeito e secretário municipal de educação  de um kit contendo o livro, uma cartilha e a plataforma multimídia para acesso e interatividade através de mídias sociais  para consulta, comunicação e cooperação. A cartilha bem como aulas digitais foram preparadas para professores e alunos e destinam-se a multiplicação e distribuição nas escolas públicas.

A solenidade está marcada para as 10 horas, do dia 02 de fevereiro, no auditório da Presidência da CODESP, na avenida Conselheiro Rodrigues Alves, sem número, no bairro do Macuco em Santos.

120 ANOS DO PORTO

A data de 2 de fevereiro de 1892 marca a entrega do primeiro trecho de 260 metros de cais construído, inaugurado com a atracação do cargueiro Nasmith, navio a vapor da armadora inglesa Lamport & Holt. Até então, o porto era constituído de trapiches de madeira erguidos em diversos pontos ao longo da bacia do estuário e às margens da antiga cidade.

Dentre esses  trapiches, o da Estrada de Ferro, situado no chamado Porto do Bispo, na região do Valongo, era um dos principais ancoradouros , o mais próximo à estação da São Paulo Railway, e tornou-se o primeiro trecho de cais construído.

A obra representou a superação de grandes dificuldades técnicas, que durante muitos anos desafiaram a capacidade de realização dos brasileiros e levaram ao insucesso diversas tentativas anteriores de construção do porto, tanto de particulares como da então Província de São Paulo, que havia obtido, desde 1870, autorização para execução das obras.

Somente em 1886, um grupo liderado pelos brasileiros Cândido Gafrée e Eduardo Palassin Guinle obteve a concessão para construção exploração do Porto de Santos.

O empreendimento, sob a direção do engenheiro Benjamin Weinschenck, alcançou sucesso. O prazo de concessão foi, então, ampliado para 90 anos.

O Porto de Santos, que teve sua origem vinculada ao comércio do café, contribuiu para a melhoria das condições sanitárias da região, desempenhou papel preponderante no desenvolvimento indus¬trial do estado de São Paulo e do Brasil e continua participando, expressivamente, nas transações comerciais efetuadas com o mercado externo - cerca de 26% da balança comercial do país é movimentada por Santos.

Além de toda importância para o desenvolvimento econômico, viabilizando o comércio marítimo a partir de Santos e do marco que se tornou para a engenharia portuária, a construção do Porto de Santos representou, ainda, a solução para o grande  problema
de epidemias que assolavam a região devido, principalmente, à insalubridade que a área estuarina representava no final do século passado, juntamente com a enorme região de várzea na cidade.

O Porto de Santos sempre representou o papel do grande agente propulsor do desenvolvimento, influindo diretamente também  na expansão econômica de todo planalto paulista, compondo, junto com a ferrovia, a primeira grande cadeia logística que viabilizou o comércio marítimo do café e permitiu a implantação e o desenvolvimento industrial e agrícola da principal região econômica do Brasil. Hoje, Santos, com cerca de 14 quilômetros de cais, concentra em sua área de influência cerca de 70 milhões de habitantes, 67% do PIB do país e 70% da balança comercial.

Fonte: Ascom Codesp






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