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Com estiagem, indústria de transporte fluvial de Araras prevê 500 demissões

Com o período prolongado de estiagem, uma indústria de transporte fluvial de Araras (SP) prevê pelo menos 500 demissões. Sem contar os empregos indiretos que serão afetados. Isso porque o Departamento Hidroviário proibiu as empresas que fazem transporte pela hidrovia Tietê-Paraná de navegar com embarcações que tenham mais de 2.29 metros de calado, aquela parte que fica embaixo d'água. A determinação entrou em vigor neste último sábado (10). Dos 21 comboios que fazem o transporte, apenas sete vão poder navegar.

A decisão do departamento foi tomada porque o nível do Rio Tietê está 3,5 metros abaixo do normal. As barcaças têm viajado com apenas dois terços da capacidade. O resto da carga vai de caminhão.


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A indústria que fabrica barcaças e transporta cargas em Araras precisou cancelar as navegações por causa da crise. No último mês, a empresa já ficou com sete embarcações paradas. E nos próximos dias, vai suspender a linha de produção. O dono afirmou que vai demitir funcionários.

“Mais ou menos 500 funcionários diretos. Sem contar os subfornecedores que fabricam componentes para nós, como a siderúrgica que fornece material, por exemplo. Tem uma implicação muito grande. Motores também são comprados de terceiros, tudo isso nós não estamos computando nesse númeror”, falou o empresário Nelson Michielin. Segundo ele, a empresa deixou de faturar quase R$ 40 milhões.

O encarregado de produção Francisco Gardezani, que trabalha na indústria de Araras há quase 40 anos, disse que nunca viu uma situação parecida. Ele tem medo do que pode acontecer se a estiagem continuar.

“Tomara que chova o mais rápido possível ou o governo apresente uma solução rápida para poder resolver o problema. Se não, provavelmente, nós vamos perder o emprego e as famílias vão passar necessidade, porque emprego não está fácil de conseguir. Está bem complicada a situação”, falou Gardezani
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Estiagem
O nível de rios e reservatórios baixou devido ao longo período sem chuvas. Na região de Araçatuba, uma barcaça com quatro mil toneladas de celulose está encalhada no meio da hidrovia Tietê-Paraná. A carga, que saiu do Mato Grosso Sul, vai chegar com atraso ao Porto de Santos. Ao longo da hidrovia, são 21 embarcações, chamadas de comboios. A maior parte da carga é de soja que será exportada.

Para a navegação continuar, a hidrovia não depende só da chuva, mas das usinas hidrelétricas. Para aumentar o nível da água nos reservatórios é preciso que a usinas gerem energia.

Quando as turbinas funcionam, a água é liberada e formam as chamadas "ondas de vazão". Apenas com elas, é possível seguir viagem. O problema é que os reservatórios estão sendo poupados devido à estiagem.

“Nós estamos passando por uma situação muito parecida com a de 2001. Hoje nós temos um limite gritantemente mínimo na hidrovia. É muito importante que a gente tenha uma atenção para a elevação do nível do reservatório ou, no mínimo, pelo menos a manutenção desse nível para que a hidrovia continue funcionando”, explicou o diretor do Departamento Hidroviário, Casemiro Tércio Carvalho.

Fonte:Do G1 São Carlos e Araraquara






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