Proposta de operar com Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) na região dos grandes empreendimentos, como a refinaria e o estaleiro, é para melhorar a mobilidade dos trabalhadores no Porto de Suape
A diretoria do Porto de Suape vai entregar ao Metrorec, até a próxima semana, um estudo da demanda de trabalhadores do complexo, em função da chegada dos grandes empreendimentos. A pesquisa vai definir o número de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) que poderão ser adquiridos para melhorar a mobilidade na região. Hoje, a maioria das empresas de Suape arca com o afretamento de ônibus para transportar seus operários, o que contribui para aumentar o caos no trânsito local. O Metrorec já está adquirindo sete VLTs, que vão operar no trajeto entre Cajueiro Seco e Cabo de Santo Agostinho, mas a proposta é ter uma linha complementar do Cabo até Suape.
Ontem, quando participava junto com o governador Eduardo Campos de uma visita ao Hospital Dom Helder Câmara, o prefeito do Cabo, Lula Cabral, sugeriu a ideia de propor ao Estaleiro Atlântico Sul e a Refinaria Abreu e Lima que os dois empreendimentos comprassem 2 mil bilhetes por mês para subsidiar o projeto dos VLTs. Lula Cabral disse, ainda, que a prefeitura também poderá arcar com 1 mil bilhetes, mas vai precisar consultar sua Secretaria Jurídica para avaliar a possibilidade de subsidiar essas passagens.
O diretor de Planejamento e Urbanismo de Suape, Paulo Castanha, diz que a proposta do Porto é reformar a Estação Massangana e a linha férrea que atende ao complexo para oferecer o transporte de trabalhadores. “Estamos estimando que a reforma da estação e a recuperação da ferrovia vão custar R$ 4 milhões”, calcula. A linha férrea era utilizada pela antiga CFN (Companhia Ferroviária do Nordeste) para o transporte de cargas.
Só no pico de obras da Refinaria Abreu e Lima, a previsão é que o número de trabalhadores chegue a 30 mil. Isso sem contar os demais empreendimentos.
O coordenador operacional de planejamento de transportes do Metrorec, Maurício Meirelles, lembra que até dezembro deste ano devem entrar em operação pelo menos dois dos sete VLTs que estão sendo adquiridos pela companhia. Os VLTS vão substituir os dois trens a diesel, da década de 50, que fazem hoje o trajeto do Curado até o Cabo de Santo Agostinho. “Com a entrada dos VLTs, esses trens serão substituídos e passarão a operar um trecho menor, entre o Curado e a primeira estação depois de Cajueiro Seco”, diz. Os VLTs custaram R$ 63 milhões. A entrega do primeiro deve acontecer entre agosto e outubro. Além de modernizar o transporte e diminuir o tempo das viagens, os VLTs também vão aumentar a capacidade de mobilidade, que é hoje de 1 mil passageiros com os trens a diesel e passará para 4.200 por dia.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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