Equipes do Núcleo Ambiental da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e da DTA Engenharia iniciam esta semana as reuniões de comunicação com as comunidades pesqueiras de Paranaguá e Antonina. Até sexta-feira (29), os pescadores recebem informações sobre como será essa nova campanha de dragagem de manutenção dos portos do Paraná.
O diretor técnico do Appa, Paulinho Dalmaz, explica que o objetivo das reuniões é estabelecer um canal direto de comunicação com as comunidades que sobrevivem da pesca no entorno dos portos de Paranaguá e de Antonina. “Estamos abertos para esclarecer as eventuais dúvidas da população sobre essa nova dragagem que iniciamos. Existem muitas informações equivocadas ou desencontradas, que podemos rever e corrigir”, disse.
Ainda de acordo com Dalmaz, essa etapa de comunicação – uma exigência do órgão ambiental federal para a emissão da licença para a obra – contempla a política de diálogo constante e permanente do Governo de Estado.
REUNIÕES - As primeiras reuniões aconteceram nesta terça-feira (26), na Colônia de Pescadores Z1, em Paranaguá, que conta com mais de 1,8 mil pescadores cadastrados, representantes de diversas comunidades da área urbana e das ilhas do entorno.
Segundo Edmir Manoel Ferreira, presidente da Colônia Z1 e da Federação dos Pescadores do Estado do Paraná, a dragagem é necessária e os pescadores têm que aprender a conviver com a obra. “A gente jamais vai ser contra a dragagem. A gente sabe que está aí o desenvolvimento do município, assim como o do Estado e do país. Mas também não podemos deixar de lado os pescadores que antes do porto e da dragagem já viviam e sobreviviam aqui”, comenta.
Os principais produtos da pesca exclusivamente artesanal desses profissionais são as pescadas, linguados, miraguaias, bagres, camarões e salteiras. Segundo o representante dos pescadores, sempre que há uma nova campanha de dragagem, o preocupação é com a diminuição dos peixes.
ESPECIALISTAS - Durante a reunião, a bióloga da DTA Engenharia, Gabriela Machado Magalhães, responsável pelo Programa de Comunicação e Educação Ambiental da Dragagem, garantiu que esse e outros fatores serão monitorados durante todo o processo da dragagem de manutenção da bacia de evolução, dos berços de atracação do Porto de Paranaguá e dos canais de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina.
“Antes, durante e depois da dragagem são feitos diversos monitoramentos como o da atividade pesqueira, da qualidade das águas, da turbidez da água e da área de despejo dos sedimentos. Trabalhamoss de forma intensa para avaliar os possíveis impactos da obra e solucioná-los”, disse a bióloga.
De acordo com a representante da empresa, os laudos do monitoramento prévio a essa nova dragagem ainda estão em análise nos laboratórios. “Porém, os do ano passado estão disponíveis à comunidade. Esses novos também serão disponibilizados assim que ficarem prontos”.
MONITORAMENTO - O objetivo do monitoramento é mapear as condições ambientais antes do início da dragagem, verificar se houve alteração e comparar com o resultado após a dragagem. “Os monitoramentos da dragagem de 2012 mostraram que não houve alteração, nem durante nem depois, explicou Gabriela. Segundo ela, o impacto da dragagem é momentâneo. “Os impactos que podem ocorrer com a dragagem são a dispersão dos sedimentos e o afugentamento dos peixes. Porém, não foram observados na última campanha de dragagem. Pelo nosso monitoramento, a diminuição de peixes não está ligada às últimas dragagens da Appa”, afirma a especialista.
OUTRAS REUNIÕES - Ainda esta semana, serão visitadas as comunidades pesqueiras Z8, Ponta da Pita e Praia dos Polacos, em Antonina, e Vila Guarani, Ilha dos Valadares, Europinha, Eufrasina, Piaçaguera e outras de Paranaguá.
Além das reuniões de comunicação, um telefone local está disponível para que a comunidade possa esclarecer dúvidas durante todo o processo. O número é (41) 9246-8988.
Em dezembro, inicia o Programa de Educação Ambiental dessa campanha de dragagem, que em 2013 será dividido em dois públicos: um programa específico para os trabalhadores da draga e outro para a comunidade.
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Fonte: Agência de Notícias do Paraná
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