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Com produção de grãos e minério em alta, fabricantes de equipamentos para granéis apostam na sustentabilidade ambiental

 

A produção de grãos está batendo recordes. A de minério de ferro, também cresce, e o preço do produto está em alta. Para completar, importantes portos do país estão investindo ou planejam aplicar mais de US$ 10 bilhões de recursos públicos e privados em logística e na melhoria de infraestrutura. Diante do cenário, dirigentes de empresas de equipamentos que movimentam granéis — como correias transportadoras, shiploaders e shipunloaders — se mostram otimistas e afirmam que o mercado de 2011 será igual ao bom ano de 2010 ou até melhor. E apostam, sobretudo, na consolidação de novos produtos que tenham a marca da sustentabilidade ambiental.

 

“A preocupação com instalações, equipamentos e treinamento de pessoal que levem em conta a preservação do meio ambiente está na ordem do dia dos portos”, ressalta o engenheiro Gilberto Fialho, professor do Departamento de Engenharia Naval da Escola Politécnica da UFRJ e pesquisador colaborador da Coppe/UFRJ. Fialho lembra que o processo de privatização, na década de 90, permitiu o arrendamento de áreas portuárias e a introdução de novas práticas, que resultaram na melhoria dos indicadores operacionais e no aumento da capacidade dos portos.

“A crise global de 2008 deu uma estancada no processo. Mas, logo depois, houve uma retomada. Hoje, estamos em patamares equivalentes aos de antes da crise. Boa parte dos terminais brasileiros está movimentando mais cargas do que no ano passado. Existe confiança do empreendedor. Este será um ano bom para quem vende equipamentos e para os funcionários dos portos, que estão bombando com os granéis batendo no teto”, diz ele. O momento, segundo o professor, é de expansão física: “Chegamos ao limite. A hora é de criar novos portos e terminais.”

 

Tecnologia. Esperançoso, o diretor comercial da TMSA, Paulo Lambert, conta que o número de investidores que estão procurando a sua empresa para fazer orçamentos é superior ao do ano passado. “Acredito que o volume de orçamentos aumente de 15% a 20% este ano, em relação a 2010. Estou sempre esperando que o ano em curso seja melhor que o anterior. Orçamento, no entanto, não significa negócio fechado”, observa o diretor comercial da TMSA, antiga Tecno Moageira, empresa com sede em Porto Alegre, que atua há mais de 40 anos no mercado de movimentação de granéis sólidos.

Lambert prevê que o faturamento da TMSA oscilará entre R$ 200 milhões e R$ 220 milhões este ano. “Nosso planejamento estratégico é repetir 2010, com um crescimento que pelo menos compense a inflação”, acrescenta o executivo. Em relação a investimentos de modernização da fábrica, ele explica que 2011 será um ano de consolidação, uma vez que em 2010 a empresa investiu pesado na melhoria de processos e de equipamentos, adquirindo inclusive um robô para soldas e produtos para corte de aço a laser.

Para este ano, a vedete da TMSA é o RopeCon, uma unidade transportadora para carga e manuseio de granéis ecologicamente correta. A empresa espera negociar em 2011 o primeiro deste equipamento no Brasil. Trata-se de uma correia plana, com as paredes laterais corrugadas e um conjunto de roldanas integradas. A carga desloca-se em cima de cabos fixos guiados sobre torres, e a correia serve como elemento de tração. “O equipamento tem um apelo na questão ambiental. Ele permite a instalação de transportadores com vãos muito grandes de até mil metros entre os apoios, causando assim menos impacto no meio ambiente.”, observa Lambert.

Outra aposta da TMSA para 2011 é num novo descarregador de barcaças. O guindaste, fixo em pedestal, permite a operação de descarga de granéis sólidos de forma contínua, reduzindo o tempo de parada para manobras de barcaças e troca de porões.

Diretor comercial da Aumund, Guilherme Fasolo também prevê que em 2011 as vendas de equipamentos para movimentação de granéis sólidos se assemelhem a 2010. Pelo interesse crescente nesses produtos, porém, Fasolo está convencido de que a partir de 2012 os negócios do segmento vão aumentar.

No item sustentabilidade, a alemã Aumund, que tem sede em São Paulo, vai bem. “Nossos equipamentos incorporam a tecnologia europeia de proteção ambiental, ou seja, podem sempre ser dotados de sistemas de desempoeiramento já embutidos. Devido à diversificação dos materiais recebidos e despachados e ao crescente controle ambiental nos portos brasileiros, nossos equipamentos têm sido cada vez mais procurados como solução econômica e sustentável”, assegura Fasolo. Segundo ele, a empresa instalou no Ceará uma nova versão da Eco-Hopper, moega ecológica móvel para receber, por grabs, granéis pulverulentos como clínquer, carvão, coque, barrilha e fertilizantes. “O nosso shiploader, que é móvel, sobre pneus, conta com um sistema de carregamento de caminhões enclausurado e desempoeirado, fazendo com que a carga não necessite ser despejada no chão. Dessa forma, conserva o local de operação livre de qualquer poluição”, acrescenta.

Além de atuar no forte mercado de movimentação de granéis — com equipamentos de pátio Schade e de portos e terminais B&W —, o grupo Aumund participa de vários outros segmentos. Como um todo, a empresa espera duplicar seus investimentos este ano. “O mercado cimenteiro, que está em fase de grande expansão, é o nosso carro chefe. Estamos ainda conseguindo resultados muito bons na mineração, na metalurgia e na crescente indústria de fertilizante”, garante Fasolo.

O superintendente comercial da Kepler Weber (KW), João Tadeu Franco Vino, é mais um executivo a considerar boas as perspectivas para o mercado de equipamentos de movimentação de granéis em 2011. “O aumento do volume de exportações está exigindo que sejam feitos investimentos, que ficaram represados nos últimos anos” diz o representante KW, empresa que completará 86 anos em 2011, tem sede em Porto Alegre e fábricas em Panambi (RS) e Campo Grande (MS).

A KW, segundo Vino, não apresentará novidades em equipamentos este ano. Continuará oferecendo ao mercado a mesma linha de transportadoras de grande capacidade para granéis vegetais. O balanço do primeiro trimestre deste ano mostra uma redução de 17,1% na receita líquida da empresa em relação a igual período de 2010 (de R$ 73,2 milhões para R$ 60,7 milhões), o que é atribuído à postergação das entregas de pedidos e ao atraso na definição de novas regras de financiamento pelo governo. Vino, no entanto, está certo que “2011 será um ano semelhante a 2010”.

Com sede em São Bernardo do Campo, a Zeppelin Systems é outra empresa que não virá com novidades no segmento de equipamentos para movimentação de granéis. Segundo o diretor comercial Mark Heinke, o faturamento da Zeppelin este ano deve ser de aproximadamente R$ 70 milhões, semelhante ao do ano passado. “Para este mercado, 2011 será parecido com 2010, porque a inflação e, consequentemente, os juros, estão subindo”, observa Heinke.

Já a Interocean — representante no Brasil de fábricas europeias — aposta as suas fichas este ano nos descarregadores contínuos de carvão Siwertell. Dois equipamentos da Cargotec Sweeden AB, representada pela Interocean, estão sendo instalados nos portos de Pecém (CE) e de Itaqui (MA). Segundo o diretor Paulo Lemgruber, como a operação desse equipamento é executada internamente por roscas, não ocorrem vazamentos nem emissão de poeira. “Assim eliminamos danos ao meio ambiente e ao pessoal envolvido nas operações de descarga”, afirma ele. O equipamento já é empregado pela Hermasa em Itacoatiara (AM) e pela Alunorte em Vila do Conde (PA).

Em Pecém, está sendo instalado um Siwertell ST-900-FT, com capacidade de 2,4 mil toneladas/hora, para a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) do estado do Ceará. “Pecém terá o mais eficiente e ambientalmente correto sistema de descarga de carvão do Brasil” garante Paulo Lemgruber. O segundo Siwertell ST-740-D, com capacidade de 1,1 mil toneladas/hora, é destinado à usina termoelétrica do porto de Itaqui (MPX Ute-Itaqui). “Esse descarregador fará operações com carvão e, eventualmente, com outros granéis sólidos tais como fertilizantes. O Siwertell pode ser limpo com rapidez, para troca de carga, e já opera na Europa e na Ásia, inclusive descarregando fertilizantes, enxofre e agrogranéis”, explica Lemgruber.

Os dois Siwertell em fase de instalação foram vendidos em 2009. Em 2010, não houve vendas desse equipamento. “Todo mercado mundial sofreu grande retração no fim de 2008 e ainda não retornou ao nível de negócios equivalente”, afirma o diretor da Interocean.

 

Produção. De acordo com a última estimativa feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, a produção nacional de grãos no ano/safra 2010/2011 (de agosto a julho) deve chegar a 161,5 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 8,2% ou 12,2 milhões de toneladas a mais que a safra passada (149,2 milhões de toneladas de grãos). Um dos principais fatores responsáveis por esse crescimento é, de acordo com a Conab, a ampliação das áreas de cultivo de algodão, feijão, soja e arroz. O clima favorável também tem contribuído para o desenvolvimento da safra.

Tão positivos quanto os da Conab são os números do IBGE. Pelas projeções do instituto, a safra deste ano (o IBGE mede de janeiro a dezembro) será 6% maior que a de 2010: 158,7 milhões de toneladas contra a colheita recorde de 149,7 milhões obtida no ano passado. As três principais culturas do país continuam sendo o arroz, o milho e a soja, que juntas respondem por 82,5% da área colhida.

O setor de minério ganhou o Plano Nacional de Mineração 2030. Entre as ações previstas no programa para os próximos 20 anos estão a criação da Agência Nacional de Mineração e do Conselho Nacional de Política Mineral; a consolidação do Marco Regulatório da Mineração; a mudança na outorga dos títulos minerais; e a formulação de uma nova política para os royalties da mineração. O plano prevê que a produção de minério de ferro, de cobre e de ouro triplique até 2030, mas enfatiza que o Brasil deve estimular o processamento local desses materiais e estar atento à excessiva dependência da China. Para se ter uma ideia, de uma exportação de minério de ferro brasileiro equivalente a US$ 29 bilhões, no ano passado, US$ 12,2 bilhões tiveram como destino a China.

Na avaliação do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a produção de minério de ferro no país deverá crescer de 370 milhões para 420 milhões de toneladas, de 2010 para 2011. O ano passado já foi bom: em cifras, o valor total da produção mineral brasileira cresceu para aproximadamente US$ 40 bilhões, 66% acima do registrado em 2009 (US$ 24 bilhões), quando o setor ainda sofria com os efeitos da crise financeira mundial.

Em seu primeiro balanço de 2011, a Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, revela que o preço médio da tonelada do produto alcançou US$ 126,19 no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 3,99% em relação aos US$ 121,34 do último trimestre de 2010 e de 94,85% se comparados com os primeiros três meses do ano passado. Mesmo com esse aumento, a empresa alega que o maior teor de umidade causado pelo período chuvoso e a alteração no mix de produtos influenciaram negativamente no preço do minério de ferro. Já os valores médios das pelotas ficaram em US$ 181,33 por tonelada, 1% a mais do que o último trimestre de 2010 e 83,16% superiores ao preço praticado no mesmo período do ano passado.

 

Investimentos. Para exportar sua produção, a Vale está investindo recursos substanciais na ampliação de seus terminais e na compra de equipamentos e embarcações. Nada menos que US$ 748 milhões estão sendo gastos para a aquisição de sete mineraleiros do estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engeneering Co., na Coreia do Sul. O primeiro deles, o Vale Brasil, entrou em operação em maio, levando 390 mil toneladas de minério de ferro do Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís (MA), para a China. A nova frota de mineraleiros, considerados os maiores do mundo, será ainda mais robusta: outros 12 navios foram encomendados ao estaleiro Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, na China, e somam investimentos de mais US$ 1,6 bilhão.

Com capacidade para 400 mil toneladas, 362 metros de comprimento e 65 metros de largura, todos os 19 novos mineraleiros serão entregues entre 2011 e 2013. Além do título de maior do mundo, o Vale Brasil ganhou em Oslo, na Noruega, o prêmio Nor-Shipping Awards 2011 na categoria Clean Ship, por reduzir as emissões de carbono em 35% por tonelada de minério transportada em relação ao navio tradicional, que carrega 200 mil toneladas.

Para receber o Vale Brasil, foram necessárias obras visando ampliar a capacidade do Píer 1 do TPPM. A chegada de outros mineraleiros do mesmo porte está levando a Vale a investir mais US$ 2,9 bilhões na construção de um quarto píer de atracação e em obras de dragagem para ampliar o calado do Ponta da Madeira. Esse valor inclui ainda a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC) em 115 quilômetros.

A construção do novo píer em São Luís começou em 2010 e tem previsão de conclusão em 2013. Ele terá capacidade para receber 53 navios com até 400 mil toneladas de porte bruto (tpb) por mês. As obras do Píer IV contam com o auxílio de uma nova tecnologia utilizada em alto-mar: a plataforma alto elevatória Jack Up, equipamento de fabricação coreana que tem por objetivo agilizar a produção e garantir a segurança durante a cravação das estacas e a montagem das peças pré-moldadas do píer. “A equipe responsável pelo projeto sempre busca encontrar equipamentos que possam suportar as condições climáticas do local e que também cumpram os padrões de saúde, segurança e meio ambiente da empresa”, diz José Diniz, executivo responsável pelas obras do Píer IV.

Atualmente, a capacidade de embarque do TPPM é de 130 milhões de toneladas por ano (mtpa). Com a conclusão de todas as obras, prevista para 2014, a Vale tem a meta ambiciosa de passar a transportar 230 mtpa.

Também operado pela Vale, o Porto de Tubarão (ES) completou 45 anos em primeiro de abril. Para garantir a competitividade do Espírito Santo no mercado internacional, no início deste ano a Vale iniciou dragagem para aprofundamento do porto. O processo permitirá que seus terminais passem a receber navios de até 400 mil toneladas, a exemplo do que já acontece em São Luís. Entre os últimos grandes investimentos visando à modernização portuária de Tubarão, a Vale cita a substituição dos carregadores de navio do Píer 1 (em andamento) e a instalação de barreiras de vento (uma concluída em fevereiro e duas em andamento).

A grande obra em execução no complexo de Tubarão é a montagem da Usina VIII. A futura pelotizadora, com capacidade de produção de sete milhões de toneladas por ano, deve estar concluída até o fim de 2012. No empreendimento, então sendo investidos US$ 832,6 milhões. Recentemente, teve início a montagem eletromecânica da usina, sob a responsabilidade de um consórcio formado pelas empresas União Fabricação e Montagem Ltda. (ES) e MCE Engenharia Ltda. (BA). O serviço envolve a montagem de cerca de 20 mil toneladas de equipamentos e estruturas metálicas.

No Paraná, a expectativa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) é que a movimentação de granéis sólidos (incluindo importação e exportação) cresça até 10%, atingindo 28,6 milhões de toneladas este ano. “Parte desse aumento deve se dar através da recuperação de cargas, que migraram para outros portos. Para escoar a produção, estamos trabalhando com diversas ações. A primeira e mais importante, que começamos no início deste ano, é a realização de dragagem.

O restabelecimento das profundidades dos berços de atracação vai permitir que os navios que atracarem em Paranaguá consigam operar com carga plena. Há seis anos, essa dragagem não era feita”, informa Airton Vidal Maron, superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina. A dragagem de manutenção do Canal da Galheta e da bacia de evolução custará R$ 100 milhões (cerca de US$ 62,5 milhões) e está sendo paga pela própria Appa. Com a conclusão do serviço de manutenção, deverá ser iniciada a dragagem de aprofundamento. Ainda sem orçamento estimado, ela deverá ser parcialmente custeada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A Appa tem ainda projetos de ampliação do porto que somam R$ 2 bilhões (cerca de  US$ 1,25 bilhões) e, para tirá-los do papel, está buscando recursos junto ao governo federal. Com a execução desses projetos, os berços de atracação de Paranaguá passarão de 20 para 32, permitindo aumentar a capacidade de movimentação de cargas em até 60% (de 38 milhões para 60 milhões de toneladas por ano).

Levando em conta todas as atividades do porto, a Appa estima um aumento de 10% na movimentação geral de mercadorias em 2011, o que elevará o volume da receita gerada pelas tarifas portuárias no mesmo percentual. Isso significará uma receita de R$ 255 milhões em 2011 contra R$ 232 milhões em 2010.

Só de granéis sólidos, a Appa exportou 7,4 milhões de toneladas de janeiro a maio deste ano. Um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os granéis sólidos representaram quase a metade do total de toneladas movimentadas por Paranaguá nos cinco primeiros meses de 2011 (15,8 milhões de toneladas ou 11% a mais do que o mesmo período do ano passado).

A Companhia Docas do Rio de Janeiro, por sua vez, espera lançar, em breve, o edital de licitação para arrendar à iniciativa privada uma área do porto de Itaguaí com 245,4 mil metros quadrados. No terreno, com saída para a Baía de Sepetiba, será construído um terminal público destinado à movimentação de granéis sólidos. O edital está sendo analisado pela Agência Nacional de Transportes Aquáviários (Antaq) e, em seguida, será submetido ao Tribunal de Contas da União (TCU). A Docas acredita que concluirá o processo licitatório e assinará o contrato com a empresa vencedora até o fim deste ano. Quem vencer a licitação para arrendamento da área por 25 anos, prorrogáveis por mais 25,  terá a obrigação de investir cerca de R$ 1,5 bilhão (cerca de US$ 940 milhões).

O futuro terminal do porto de Itaguaí será capaz de movimentar 25 milhões de toneladas de minério por ano, tendo potencial para atingir até 44 milhões. “Será uma licitação bastante disputada”, prevê o diretor-presidente da Docas, Jorge Luiz de Mello, que espera a participação de grandes operadoras portuárias e mineradoras. Ainda não se sabe se a Vale e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) poderão participar da licitação, uma vez que ambas operam dois dos quatro terminais instalados atualmente no Porto de Itaguaí.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) acena com investimentos públicos de US$ 853 milhões em melhoria de infraestrutura do porto de Santos, provenientes do PAC das fases 1 e 2. Do total, US$ 570 milhões são destinados à implantação de um novo acesso rodoviário ao porto, a chamada Avenida Perimetral. Quanto à margem esquerda da via, a expectativa é de que a construção comece no segundo semestre deste ano. Com a licitação concluída, o contrato está prestes a ser assinado. A margem direita da avenida e a construção de um mergulhão (passagem inferior na região do Valongo), serão as etapas seguintes. Segundo o presidente da Codesp, José Roberto Correia Serra, a conclusão desse acesso, será uma das ferramentas fundamentais para atender à integração e ao desenvolvimento dos terminais de Santos.

Os outros US$ 283 milhões estão sendo investidos pela Codesp na dragagem de aprofundamento do canal de navegação para 15 metros e no seu alargamento para 220 metros. Em fase de conclusão, a obra permitirá que grandes navios atraquem em Santos. O projeto inclui a derrocagem das pedras de Teffé e Itapema e a retirada dos destroços do navio Ais Giorgis, que devem ser viabilizadas ainda este ano.

Em andamento no porto de Santos, se destacam ainda importantes projetos privados, que totalizam investimentos de US$ 1,77 bilhão, custeados por empresas arrendatárias de terminais. É o caso, por exemplo, da construção do novo terminal da Itamaraty para granéis sólidos de origem vegetal, que custará US$ 62 milhões. Segundo o diretor de desenvolvimento comercial da Codesp, Carlos Kopittke, o crescimento das relações comerciais entre o Brasil e importantes mercados internacionais oferece ao porto de Santos uma excelente oportunidade para captar novos negócios e linhas marítimas.

A expectativa da Codesp é de que a movimentação em Santos atinja 101 milhões de toneladas este ano, o que representará um aumento de 5,2% em relação a 2010. Para os granéis sólidos, que são responsáveis por quase metade das toneladas movimentadas pelo porto, está sendo projetado um aumento de 4,9% em 2011. A expectativa é de que passem pelo complexo de Santos, este ano, 47 milhões de toneladas de granéis sólidos. Os maiores destaques são o minério de ferro, com o crescimento esperado de movimentação de 39,6%, e o carvão, com 13,9%.

 



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