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Construção de estaleiro começa a movimentar escolas profissionalizantes

Apesar dos impasses para a construção do estaleiro Eisa em Coruripe, muitas pessoas começam a se preparar para trabalhar no empreedimento, que deve gerar 4 mil empregos diretos com um investimento de 1,5 bilhão de reais. Cursos profissionalizantes, como soldador e caldeireiro, oferecidos pelo Senai, já têm uma intensa demanda, principalmente por jovens que estão concluindo o ensino médio.

Uma nova unidade do Senai será instalada em Coruripe para atender as necessidades do parque industrial da região, que tem três unidades sucroalcooleiras e espera pelo estaleiro e por dois novos hotéis. Além de cursos voltados para a indústria, no local será oferecida qualificação para a área da construção civil, que também deverá ficar movimentada no município.

O gerente da unidade em Maceió, Júlio Ramalho contou que os cursos mais procurados são exatamente soldador e caldeireiro, embora o Senai também ofereça qualificação na área de manutenção de equipamentos, eletricista de manutenção entre outros. Ele ressaltou que a construção civil é um ramo promissor e para isso há cursos de pedreiro, carpinteiro de obras, aplicação de revestimento cerâmico, pintor e armação de ferragem.

“No segundo semestre o Senai deverá começar a funcionar em Coruripe porque está na fase de obras. Queremos atender não só o estaleiro, mas também o setor sucroalcooleiro da região. Eu serei o responsável pela unidade no município. A Braskem também vai ser ampliada com a construção de uma nova planta em Marechal Deodoro. Temos uma parceria com a Odebrecht para qualificar a mão de obra”, contou.

Ramalho explicou ainda, que a carência desses profissionais, inclusive em outros estados, faz com que os concluintes desses cursos recebam várias propostas de emprego. “Muitas pessoas vão embora de Alagoas para trabalhar em Minas e em São Paulo e boa parte vai trabalhar no estaleiro de Pernambuco. Em Alagoas pensamos em oferecer qualificação para empregos no estaleiro, mas também em empresas âncoras, que chegarão ao estado para prestar serviço a esse empreedimento”, destacou.

Perspectivas de emprego

A perspectiva de atuar na área da indústria fez Elison prazeres Spindola optar pelo curso de soldador geral, visando trabalhar em Pernambuco ou em outro Estado. Embora ache que a construção do estaleiro em Alagoas não acontecerá, ele gostaria de trabalhar no Estado, mesmo acreditando que em outros locais a remuneração seria melhor."Em São Paulo se paga muito bem, mas seria bom ficar aqui e estar em casa", afirmou.

Ele destacou que em Recife o mercado na área está muito bom, ressaltando que existem vários tipos de solda e que é possível trabalhar em estaleiros, na construção de usinas e em fábricas de carros entre outras empresas. "Você tem que se especializar em uma ou duas áreas para ficar profissional. Quero me especializar em uma solda chamada tig, porque quem trabalha com ela ganha no mínimo 10 mil por mês. Um bom profissional chega a ganhar na faixa de 15 a 20 mil", destacou.

Spindola explicou que os cursos custam caro, mas que vale a pena se profissionalizar. "Quando eu começar a trabahar na área e pegar um pouco de experiência vou fazer o curso de inspetor de solda, que é melhor ainda, mas custa e R$ 7 a 10 mil. O que eu fiz foi R$ 1,500. Um soldador de eletrodo aqui ganha R$ 1000, mas lá fora tem profissional ganhando de R$ 6 a 7 mil", revelou.

Ele afirmou que o conteúdo dos cursos oferecidos pelo Senai é muito profissionalizante, agradecendo o  empenho dos professores. “O curso de solda é muito bom, assim como todos que tem lá. Gostariade de agradecer o empenho e a paciência que o professor Alonson teve com toda turma. É preciso um grande conhecimento, tanto na prática como na teoria. Ele foi um mestre, digo isso em nome de toda turma formada pelo Senai”, ressaltou.

Fonte:


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