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Construtora disputa fatia de US$ 1 trilhão em investimentos

O Oriente Médio é a nova fronteira para as construtoras brasileiras. De olho na pujança dos países da região, muitas empreiteiras abriram escritórios ou reforçaram a estrutura que já mantinham nos Emirados Árabes, na Arábia Saudita e no Qatar para tentar morder uma fatia do bolo de US$ 1 trilhão em investimentos previstos para os próximos anos.

A Odebrecht é a única com projeto já em andamento, mas Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS já venceram as etapas de pré-qualificação para a execução de obras de infraestrutura que prometem modernizar também o Kuwait, o Bahrein e Omã. A estimativa é de que só na Arábia Saudita sejam reservados US$ 400 bilhões para sistemas de saneamento e implantação de rodovias. No Qatar, sede da Copa do Mundo de futebol de 2022, seriam aplicados outros US$ 140 bilhões.

"O Oriente Médio é um mercado promissor e há muito para ser feito", diz Paulo Suffredini, diretor da Odebrecht para os Emirados Árabes Unidos. "Há um fluxo de empresas de todo o mundo para a região", afirma Cesar Uzêda, diretor-superintendente da área internacional da OAS. "Os países árabes produtores de petróleo constituem um mercado bastante atrativo para as construtoras internacionais", completa Clovis Martines, presidente da Andrade Gutierrez Oriente Médio e Ásia.

A Odebrecht fechou, no fim do ano passado, um contrato de US$ 362 milhões para construir a estação de tratamento do sistema de saneamento de Abu Dhabi, o maior e mais rico dos sete emirados. O Strategic Tunnel Enhancement Programme atenderá cerca de 15 milhões de consumidores. A estação de tratamento, com capacidade para bombear 30 m3 por segundo, é a parte final da obra. Só ela representa um quarto do investimento total do novo sistema de saneamento de Abu Dhabi, que terá custo de US$ 1,4 bilhão.

A construtora brasileira está na fase final de elaboração do projeto. A obra tem prazo de três anos para ficar pronta. A Odebrecht ainda pode ser escolhida para responder pelos dois primeiros anos de operação da estação. O trabalho de escavação do túnel está previsto para começar em dezembro e quase mil operários deverão ser contratados para trabalhar no canteiro. "É estratégico para qualquer empresa participar de um projeto desta magnitude", diz Suffredini.

O ano que vem deve marcar o pontapé inicial da construção da infraestrutura necessária para que o Qatar seja sede da Copa de 2022. A previsão é que dos US$ 140 bilhões que o país vai investir nos próximos dez anos, US$ 60 bilhões sejam destinados à infraestrutura de transportes, incluindo a construção do metrô de Doha.

A OAS já se pré-qualificou para participar da construção de uma dessas obras: o Porto de Doha. O projeto estimado em US$ 8 bilhões prevê áreas especiais para a defesa, combustíveis, cargas em geral e turismo. A empresa também disputa obras de infraestrutura viária no país de pouco mais de 1,6 milhão de habitantes no Golfo Pérsico.

"Os principais desafios da região são de natureza de logística operacional e a formação de parcerias estratégicas adequadas ao porte e tipo de cada projeto e à cultura local", diz Clovis Martines, da Andrade Gutierrez.

A empresa espera apresentar no mês que vem uma proposta para a construção do lote da Golden Line e das principais estações do metrô de Doha. A Andrade Gutierrez, junto com a construtora local Ramco, foi selecionada entre os dezoito grupos qualificados para concorrer à primeira fase do projeto.

Fonte: Valor / Paulo Vasconcellos






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