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Contrários à privatização, portuários ameaçam entrar em greve

Os portuários estão em alerta diante da iminente possibilidade de mudança no modelo de concessão dos portos. Para discutir o assunto e planejar uma possível paralisação, avulsos e empregados da Codesp vão se reunir em assembleia nesta quinta-feira, no Sindicato dos Empregados na Administração Portuária, (Sindaport), a partir das 9 horas.

A convocação está sendo feita pela Unidade Portuária do Estado, integrada pelos sindicatos representativos das categorias portuárias.  O presidente da entidade sindical, Everandy Cirino dos Santos, que é também vice-presidente da Federação Nacional dps Portos, está apreensivo com as mudanças previstas no setor portuário.

"Infelizmente, a presidente Dilma está indo contra tudo o que o seu antecessor fez. Enquanto Lula retirou as companhias docas do Programa Nacional de Desestatização, criou a Secretaria Especial de Portos (SEP) e determinou o envio de recursos para o Portus, Dilma vem na contramão querendo acabar com as companhias docas, fazendo intervenção em nosso fundo de pensão e querendo entregar o setor totalmente para a iniciativa privada", disse o sindicalista.

Conforme salientou, a assembleia contará com a presença dos dirigentes sindicais e representantes das três federações (Federação Nacional dos Portuários - Federação Nacional dos Estivadores - Federação dos Conferentes, Consertadores, Vigias e Trabalhadores de Bloco).

Cirino entende que, se a gestão dos portos e a administração das Companhias Docas estão ruins, a presidente deveria ter feito alterações assim que assumiu o cargo. Segundo ele, apenas um ou outro porto teve mudança em seu comando. "Se ela manteve as diretorias das Companhias Docas é porque estava de acordo com a administração como um todo. Agora é fácil dizer que o setor portuário tem que mudar e se espelhar nos portos europeus”.

Outro assunto polêmico a ser abordado na assembleia de quinta-feira é a possível extinção dos Conselhos de Autoridade Portuária (CAP) e dos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos).

Apesar da ministra-chefe da casa Civil, Gleisi Hoffmann, ter dito na semana passada que os órgãos não serão extintos, especula-se que a exclusividade mantida pelos trabalhadores inscritos no Ogmo deixará de existir com as mudanças anunciadas pelo Governo.

Fonte: A Tribuna






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