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Contratado estudo do aeroporto de cargas

No cenário de mudanças do Pecém, está um aeroporto de cargas. O equipamento vai, a princípio, incentivar a atração de empresas para a futura ZPE do Ceará. O governo do Estado assinou, neste mês, contrato com a USTDA (US Trade and Development Agency), uma agência norte-americana de desenvolvimento do comércio, no valor de US$ 500 mil dólares. A agência vai elaborar um estudo para a implantação do aeroporto de cargas no Pecém. O relatório deve estar pronto no primeiro trimestre de 2011.
O equipamento será um dos diferenciais de competitividade da ZPE, já que outras cinco zonas foram aprovadas ontem e outras duas já foram criadas por decreto presidencial.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Setorial da Adece (Agência de Desenvolvimento do Ceará), Eduardo Diogo, os atrativos para as empresas se instalarem no Pecém são a logística e a infraestrutura. "O Ceará se situa numa localização privilegiada, a seis horas de voo da Europa e da Costa leste norte-americana e a seis dias de navio deste destinos", analisa Diogo. "O Porto do Pecém é moderno, offshore, de manutenção barata, em expansão, eserá conjungado ao modal aéreo".
O diretor também destaca que a ZPE já nasce com uma usina siderúrgica moderna, como âncora da zona. É a companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), que conta com investimentos da brasileira Vale e da coreana Dongkuk.
Para o superintendente do CIN, Eduardo Bezerra, a competitividade entre ZPEs não é um problema. "O Ceará pode ter 40 ZPEs", afirma. "Cada uma irá suprir uma demanda diferente no mercado internacional. O mundo está cheio de carências".
Ainda não é possível definir o perfil das empresas a se instalar na ZPE do Pecém, concordam Eduardo Diogo, da Adece, e Eduardo Bezerra, do Cin. Bezerra destaca que a zona será um espaço de livre iniciativa. "Dizer o que a ZPE irá produzir somente quando ela começar", diz. Ele, no entanto, apresenta um hipótese. "Dois segmentos da indústria de transformação que podem se instalar na ZPE são o metal-mecânico e o elétrico", avalia, considerando a siderúrgica no local.
Eduardo Diogo explica que uma ZPE, normalmente, tem uma tendência de se assemelhar ao perfil da pauta de exportação do estado, o que pode acontecer no Ceará. Ou certos setores estratégicos podem ser prospectados, diz o diretor, segundo uma visão de futuro. Isso vai depender da administração da ZPE. A empresa administradora será definida em 90 dias após a criação por decreto presidencial. Diogo ressalta ainda que pode haver uma "miscigenação" entre o cenário presente e a visão estratégica. Esta segunda via pode atrair indústria da área de siderurgia, saúde, mineração, energia nuclear, segundo o diretor da Adece. Ele diz que o início da operação da ZPE não tem prazo. "Tudo será feito etapa por etapa, começando com desenho da empresa que vai administrar". Esta pode ser de capital privado, público ou misto.
A licença de instalação da ZPE está embutida em igual processo para o CIPP, que está em curso. A infraestrutura para atender os 4,4 mil hectares será feita em módulos. Mil hectares são da CSP. Um módulo de 325 hec conta com recursos da ordem de R$ 26 milhões para aquisição do terreno e infraestrutura básica. Esta área vai abrigar os primeiros empreendimentos.
O governador Cid Gomes destacou que a infraestrutura será garantida pela termelétrica e Eixão das águas e pela ampliação do Porto do Pecém. "A ZPE colocará o Estado na principal rota de investimentos de todo o mundo". (CC)
O que eles pensam
Rumo promissor para a indústria
O Ceará se programou há muito tempo para que esse empreendimento se tornasse realidade. Nós temos a vantagem de possuirmos um porto (do Pecém), que eu considero o mais bem localizado do País. Com a ZPE, é criada uma nova possibilidade para o setor de exportação. Isso vai favorecer as transações internacionais do Estado, vai gerar empregos, renda e produtos. Podemos usar a ZPE como elemento de complementação da economia industrial. Depois, outras podem surgir. Quanto à demora para a aprovação, foi tudo culpa do governo federal.
Alcântara Macedo
Economista
A ZPE é um fator muito importante para o desenvolvimento industrial do Ceará. É um poderoso instrumento que irá desenvolver as exportações do Estado. 80% da produção são direcionados ao mercado internacional. O incentivo para que novas indústrias se instalem no Estado é imenso, até porque existe isenção de alguns impostos. É preciso, portanto, que o Governo do Estado se esforce para criar todo o aparato para viabilizar a construção da ZPE. A geração de empregos na construção será boa, mas depois de finalizada, os efeitos serão ainda melhores.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/PEDRO JORGE VIANA/Coordenador do Indi

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