Quase um ano após receber a área do governo estadual, a empresa Porto Cais Mauá do Brasil mantém indefinidos os ocupantes dos espaços que serão revitalizados no porto, que abrangem armazéns, torres comerciais, centro de lazer e shopping center. A promessa é concluir a primeira etapa do complexo - cujo investimento total é estimado em até R$ 500 milhões - para a Copa do Mundo de 2014.
Esta primeira etapa corresponde à reforma dos armazéns tombados, que receberão serviços de lazer. O diretor-executivo da Cais Mauá do Brasil, Mário Freitas, informa que as tratativas com grupos interessados em explorar os espaços estão ocorrendo e já se encontram nos acertos finais.
No começo de setembro, Freitas chegou a estimar, em declaração ao Jornal do Comércio, que a oficialização dos primeiros acordos de exploração e implantação ocorreria em 45 dias, ou seja, até meados deste mês.
O diretor-executivo esclareceu ontem que as negociações estão em andamento e nos detalhes finais e que estão sendo feitas pelos dirigentes das empresas espanholas que integram o consórcio, como Gis World Trade Barcelona, Solo Real, Pro Activa e Spin. “Está tudo bem-encaminhado”, assegurou o executivo.
Freitas tenta acelerar ainda outra fase da revitalização que envolve a execução de obras. Estudos de impacto ambiental e de tráfego devem ser entregues à prefeitura para dar seguimento ao processo de licenciamento da operação e aprovação de projetos de intervenção. “A meta continua a ser de obtenção de licença até fevereiro e março”, confirmou. A empresa também presta contas ao Estado, em resposta a uma notificação feita pela Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), que é a responsável pelo contrato, em julho. O órgão questionou o consórcio sobre o começo das obras e o seguro da área. A Casa Civil atendeu a um pedido de prazo para os esclarecimentos, depois que o consórcio confirmou compromisso de entregar a primeira etapa em 2014.
Freitas disse que as informações estão sendo prestadas em encontros quase semanais. O consórcio pagará ao governo estadual R$ 3 milhões anuais, por 25 anos de arrendamento, recursos a serem repassados para manutenção da área portuária ainda usada para transporte. A garantia foi acertada em aditivo, firmado em março passado, entre Antaq e Casa Civil.
Fonte: Jornal do Commercio/RS
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