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Copersucar reorganiza embarques

A Copersucar, maior trading de açúcar e etanol do mundo, havia embarcado entre abril e setembro deste ano, 45% do açúcar previsto para toda a safra 2013/14. No dia 18 de outubro, armazéns de açúcar da empresa no porto de Santos (SP) foram afetados por um incêndio, que atingiu cerca de 180 mil toneladas de açúcar bruto.

A companhia anunciou no início da temporada meta de exportar 7,3 milhões de toneladas de açúcar. Até o fim do mês passado, havia embarcado 3,3 milhões de toneladas. Assim, em tese, ainda faltam 4 milhões de toneladas para serem exportadas, menos o que havia sido embarcado até o dia anterior ao incêndio. Entre os contratos a serem cumpridos, ainda há um de 1,2 milhão de toneladas com a francesa Louis Dreyfus Commodities.

Agências internacionais noticiaram que a Copersucar fez um comunicado de "força maior" às partes que integram seus contratos de compra e venda de açúcar. Em caso de eventos catastróficos imprevistos, a cláusula de "força maior" livra a empresa de obrigações contratuais devido ao impedimento de honrar o seu contrato.

Em discurso nesta semana a clientes em São Paulo, o presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, disse que a empresa trabalha na elaboração de um plano de contingência para cumprir os contratos de exportação de açúcar firmados para atual safra, a 2013/14.

Afirmou ainda que primeira avaliação feita no terminal permitiu verificar que o sistema de carregamento para os navios, "os shiploaders e parte relevante da estrutura civil" não foi afetada. "Mas ainda não temos como estimar quando as operações poderão ser retomadas", afirmou o executivo.

Na semana passada, antes do incêndio, a programação do terminal de Santos da Copersucar era de embarque de 262 mil toneladas de açúcar bruto e outras 20,3 mil toneladas de açúcar cristal, carga que seria embarcada em oito navios: um da Olam, outro da Bunge e outro da Cargill, segundo informações da agência Williams.

Fonte:Valor Econômico/Fabiana Batista | De São Paulo

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Na Caterpillar, a regra agora é cortar custos sem piedade

Quando Doug Oberhelman assumiu o cargo de diretor-presidente da Caterpillar Inc. em julho de 2010, uma de suas preocupações era que a empresa e seus fornecedores não seriam capazes de aumentar a produção rápido o suficiente para acompanhar a demanda.

Agora, a grande questão é se a maior fabricante de equipamentos de construção e mineração do mundo pode reduzir custos com rapidez suficiente.

Ontem, a Caterpillar anunciou uma queda surpreendente de 44% no lucro do terceiro trimestre, principalmente devido ao recuo nas vendas de equipamentos de mineração num momento em que o setor luta para reduzir seus próprios custos.

"Estamos todos em um frenesi de congelamento de custos", disse Oberhelman em teleconferência com analistas. Ele disse que o pagamento de incentivos está sendo reduzido, milhares de funcionários administrativos estão sendo afastados temporariamente e outras reduções de custos "estruturais" estão sendo implementadas.

Embora Oberhelman não tenha discutido o seu próprio salário, este se tornou um problema nos últimos dois anos, quando a empresa começou a pressionar alguns funcionários a aceitar o congelamento de seus pagamentos e a redução de benefícios.

A remuneração total de Oberhelman saltou de US$ 16,9 milhões em 2011 e US$ 10,6 milhões em 2010 para US$ 22,4 milhões no ano passado. O salário do executivo deve ser prejudicado este ano devido à queda no lucro, que afetará o pagamento de incentivos. Um porta-voz da Caterpillar disse que o diretor-presidente não estava disponível para comentar e afirmou que a remuneração dos executivos é baseada em desempenho e foi impulsionada por resultados recordes em 2012.

A Caterpillar tem sido repetidamente forçada a reduzir suas estimativas para este ano porque o impacto no segmento de mineração foi maior do que o esperado. Oberhelman ampliou a exposição da empresa ao setor em 2011, com a compra da Bucyrus International Inc., uma fabricante de pás de escavação do tamanho de um ônibus usadas em minas de minério de ferro, por US$ 8,8 bilhões. Alguns analistas dizem que a Caterpillar pagou caro pela Bucyrus.

Na teleconferência, Oberhelman admitiu que não há nenhum sinal de uma recuperação em breve nos investimentos em novas minas: "Qualquer expansão no curto prazo está eliminada. Acabou, não vai acontecer."

Oberhelman, que tem 60 anos, adotou uma postura mais agressiva nos últimos três anos, fazendo lobby em prol de acordos de livre comércio e aumentos de gastos do governo em infraestrutura - o que estimularia a demanda pelas grandes máquinas amarelas da Caterpillar.

Filho de um vendedor de equipamentos da John Deere, Oberhelman se formou em Finanças pela Millikin University em Decatur, Illinois, e ingressou na Caterpillar como recém-formado há 38 anos.

Dois meses após se tornar diretor-presidente, Oberhelman fez promessas ousadas. Ele disse que seu principal objetivo era colocar a empresa entre os 25% das empresas que compõem o índice S&P 500 que mais geram retorno aos acionistas. Na sua gestão, o retorno total que a Caterpillar ofereceu aos investidores foi de 60,2%, segundo a FactSet, que a classifica na 325a posição entre as 486 companhias que integraram o índice no período. Um porta-voz da Caterpillar não comentou esse desempenho.

Oberhelman também anunciou na época grandes ambições na China. "Vamos jogar na ofensiva e vamos ganhar", disse, referindo-se à posição da empresa no mercado asiático.

A China, que responde por cerca de metade da demanda mundial de equipamentos de construção, tornou-se um campo de batalha. Rivais locais inundaram o mercado com equipamentos mais baratos e as vendas da Caterpillar no país ainda representam apenas cerca de 6% do total das suas vendas em todo o mundo.

Ainda assim, Oberhelman disse que a China se tornou um mercado atraente para a empresa. As vendas do terceiro trimestre no país aumentaram 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$ 800 milhões. E a Caterpillar afirmou que ganhou participação de mercado na categoria de produtos mais importante: a de escavadeiras.

Como parte de seu esforço de redução de custos, a Caterpillar informou que reduziu sua força de trabalho mundial para 137.104 pessoas, uma queda de 9% ante o mesmo período de 2012. O gasto de capital este ano será inferior a US$ 3 bilhões, abaixo dos US$ 3,4 bilhões ao longo do ano passado.

A Caterpillar informou que considera a "racionalização" de algumas instalações menores, mais demissões e consolidação de cargos de gestão. Algumas dessas ações devem ser anunciadas antes do fim de janeiro. A empresa já anunciou o fechamento de fábricas menores.

A Caterpillar reduziu sua previsão de lucro por ação no ano para US$ 5,50, ante a previsão anterior de US$ 6,50. Em 2012, ela registrou um lucro recorde de US$ 8,48 por ação. A companhia não espera que o desempenho das vendas em 2014 seja muito diferente deste ano.

O lucro no terceiro trimestre foi de US$ 946 milhões, abaixo do US$ 1,7 bilhão registrados no mesmo período de 2012. A receita caiu 18%, para US$ 13,42 bilhões.

Mas a perspectiva de longo prazo para equipamentos de mineração se mantém forte, segundo Oberhelman. "O mundo vai crescer, a China não vai implodir", disse Oberhelman. "Em algum momento, o jogo vira para o nosso lado. Só não será agora."


Fonte:Valor Econômico/James R. Hagerty | The Wall Street Journal






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