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Cosipar inicia exportação pela Hidrovia do Tocantins

A Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) faz a primeira exportação de ferro-gusa através das eclusas de Tucuruí, que serão inauguradas hoje pelo presidente Lula. Luiz Carlos Monteiro, presidente da Cosipar, disse que esperou 20 anos por essa obra, uma alternativa logística à Estrada de Ferro Carajás da Vale. A Cosipar está investindo US$ 50 milhões em parceria com o BNDES para construir 20 novas embarcações para exportar sua produção através da Hidrovia do Tocantins.

Duas embarcações da MC Log, empresa de transportes da Cosipar, vão atravessar a hidrovia ligando Marabá ao Porto público de Vila do Conde, em Barcarena, perto de Belém. A primeira barcaça levará o presidente Lula. A segunda vai transportar 300 toneladas de gusa da Cosipar. O transporte hidroviária reduz o tempo da travessia pela metade, disse Monteiro.

O empresário disse ao Valor que vai investir na construção de um terminal privativo em Barcarena, em associação com empresas do setor siderúrgico e de mineração. O porto vai embarcar minério, gusa, aço e cargas diversas. A joint-venture está sendo negociada com a Usipar, uma segunda unidade de gusa do grupo Cosipar, localizada em Barcarena. O sociedade deve ser selada em janeiro e vai incluir a construção de uma unidade de aço na região.

"A hidrovia vai ajudar a criar um grande eixo de desenvolvimento das regiões Norte e Centro Oeste. Com a inauguração dessa primeira parte da obra já demos um passo importante. Agora esperamos que a complementação das obras com o derrocamento do Pedral do Lourenço, que está prevista no PAC, ocorra logo para que possamos ter condições de navegar no Tocantins durante todo o ano", disse.

A Cosipar deve exportar cerca de 480 mil toneladas de gusa este ano, um volume semelhante ao do ano passado. Este volume exportador representa queda de mais de 50% nas vendas externas da empresa, que até 2008 colocava no mercado do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México) 1 milhão de toneladas de gusa anualmente.

"O mercado está ruim para o gusa. O setor siderúrgico, principalmente nos Estados Unidos, trabalha com ociosidade de quase 60%. O cambio também não está ajudando, pois o real está sobrevalorizado e temos perdido mercado para o gusa da Ucrânia, cuja moeda se desvalorizou 18% recentemente", informou Monteiro. Ele espera que haja melhora em 2011.

Fonte: Valor Econômico/Vera Saavedra Durão | Do Rio

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