Cerca de um ano após inaugurar seu segundo berço de atracação, o porto de Cotegipe, em Salvador, está recebendo mais R$ 50 milhões em investimentos. O aporte visa aumentar a capacidade de armazenagem para 414 mil toneladas, uma expansão de 53%. Especializado em grãos, o ancoradouro deve fechar 2010 com cerca de 2,5 milhões de toneladas movimentadas, alta de 25% sobre o ano passado.
Em operação desde 2006, o porto de Cotegipe é uma sociedade entre o grupo cearense M. Dias Branco (51%) e a baiana TPC Logística (49%). De acordo com o vice-presidente da TPC, Sérgio Faria, os investimentos consistem na construção de oito silos verticais, que passarão a ser 12. Também serão instalados dois tombadores rodoviários, equipamento que possibilita a descarga de caminhões.
O executivo afirmou que os silos e os tombadores devem estar prontos em março. Também estão em andamento obras de dragagem no terminal. "Desde 2006 que estamos percebendo uma demanda crescente por parte dos usuários e buscamos antecipar essas necessidades." Desde sua inauguração, o terminal já recebeu investimentos de R$ 350 milhões.
Atualmente, o porto opera basicamente na importação de trigo e na exportação de soja e farelo de soja vindos do oeste baiano. Um dos objetivos do investimento é possibilitar a separação dos grãos armazenados por cliente. "Hoje não podemos, por exemplo, armazenar soja não transgênica, pois não temos a estrutura de separação necessária", disse o executivo. Segundo ele, por enquanto não há intenção de expandir o leque de cargas movimentadas.
Diretor comercial e de relações institucionais da M. Dias Branco, Luiz Eugênio Pontes disse que outra prioridade do investimento é o melhor atendimento do moinho, que fica conectado ao porto. Segundo ele, a capacidade de processamento do moinho será ampliada de 1,1 mil toneladas para 1,7 mil toneladas por dia. "A principal função do investimento no porto é suportar a expansão do moinho."
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Fonte: Valor Econômico/Murillo Camarotto | Do Recife