A Deicmar, que controla um terminal portuário para embarque de veículos em Santos, acaba de anunciar a criação de uma nova empresa. Trata-se da Deicmar Ambiental, braço do grupo voltado para o desenvolvimento de soluções logísticas sustentáveis e licenciamentos ambientais. Segundo o diretor da empresa, Gerson Foratto, a companhia procurava uma nova oportunidade de negócio. Como o ramo logístico vem apostando em processos para melhorar os índices de ecoeficiência, vislumbrou uma nova oportunidade.
"É um setor que ainda engatinha. A Lei de Mudanças Climáticas de São Paulo prevê redução da ordem de 50% nas emissões de CO2 até 2050. Como reduzir sem ter uma logística mais eficiente", questiona. Foratto reconhece que a necessidade de mudar a matriz de transporte de cargas é uma das saídas - uma cultura pouco incutida nos usuários de portos.
A aposta no novo negócio também foi resultado de experiências no próprio terminal portuário da Deicmar. Com a utilização racional da água para lavar os equipamentos, a empresa economizou o uso da água em 30%. No total, a frota é de 90 unidades pesando, em média, cerca de 30 toneladas - aí incluídos contêineres e maquinário de cais.
Outro desafio para as empresas é o cumprimento da lei de resíduos sólidos até 2014. Hoje, a Deicmar produz 5 toneladas por mês. Outras soluções são relativas a logística reversa, para utilizar uma capacidade que muitas vezes fica ociosa em uma das viagens do transporte.
Apesar da proximidade com o porto de Santos, em razão do terminal do grupo, a Deicmar Ambiental não quer se limitar à região da Baixada Santista. Por enquanto, Foratto não revela se já há projetos fechados.
O grupo fechou 2010 com faturamento de R$ 170 milhões, quase 30% superior ao resultado do exercício anterior. A projeção para este ano é de R$ 180 milhões.
(Fonte: Valor Econômico/FP/Para o Valor, de São Paulo)
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