O diretor Tiago Lima encerrou ontem, quarta-feira (09/11) o 1º Seminário sobre Gestão Ambiental Portuária, iniciado ontem na sede da ANTAQ, em Brasília. Lima agradeceu a participação de todos e colocou a estrutura e os servidores da Agência à disposição para a realização de eventos semelhantes. “Espero que não seja preciso aguardar o próximo seminário para retomar uma discussão tão importante como a da gestão de resíduos sólidos”, disse o diretor.
O gerente de Meio Ambiente da ANTAQ, Marcos Porto, enfatizou o compromisso da Agência com a gestão ambiental portuária. “A diretoria está comprometida com o tema da gestão ambiental, assim como o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino”, afirmou Porto.
A analista de projetos da SEP, Maria Cristina Dutra, disse que a Secretaria pretende, num primeiro momento, realizar o levantamento da situação dos resíduos nos portos para, posteriormente, avaliar as tecnologias disponíveis para gerenciamento de resíduos. “Por isso, foi muito importante assistir às palestras e tomar conhecimento das várias opções já disponíveis no mercado”, salientou Dutra.
Palestras
O representante da Haztec Ambiental, Eduardo Felipetto, apresentou a empresa, que atua nas áreas de consultoria e engenharia ambiental, resíduos sólidos, águas e efluentes e energia de resíduos. Felipetto disse que a empresa foi responsável pelo planejamento do primeiro aterro sanitário de grande porte em que funciona uma central de tratamento de resíduos.
“No CTR de Nova Iguaçu (RJ), recebemos de quatro a cinco mil toneladas de resíduos por dia. É o maior centro de tratamento do Brasil e um dos maiores da América Latina”, sublinhou Felipetto, que manifestou sua confiança na nova política nacional de gerenciamento de resíduos sólidos. “Acreditamos que a nova política vai reconfigurar a gestão de resíduos no país todo, gerando novas oportunidades de emprego e renda”.
O diretor-executivo da Marca Ambiental, Rogério Gonçalves, contou que sua empresa desenvolveu, em parceria com o Sebrae, uma incubadora de tecnologia de gestão de resíduos em que funcionam oito empresas, em que trabalham 150 empregados, dos quais 83 são ex-detentos. “Não desenvolvemos negócios assim se eles não fossem também rentáveis. O conceito de sustentabilidade também inclui o aspecto econômico”, lembrou.
Segundo Gonçalves, a Europa pretende que, no futuro próximo, 22% de sua energia seja produzida a partir de resíduos. Já existem, de acordo com ele, três plantas na Malásia que produzem biodiesel a partir do lixo urbano, e uma na Alemanha e duas no Canadá que fazem etanol da mesma forma. “Quando todo o lixo se tornar matéria-prima, os governos vão fazer campanhas para que as pessoas não desperdicem lixo”, brincou Gonçalves.
O administrador da Pronave, Paulo Garrido, apresentou um equipamento desenvolvido por sua empresa para reduzir a dispersão de granel sólido no ar no porto de São Sebastião (SP). Garrido contou que o equipamento foi desenvolvido depois que moradores do município acionaram o Ministério Público, incomodados com a poeira que atingia a cidade. “Hoje, a operação de granel sólido no porto de São Sebastião é limpa”, afirmou Garrido.
O aparelho, que custa R$ 2 milhões, funciona como um filtro que impede a dispersão de qualquer tipo de granel, evitando, além da emissão de poluentes no ar, o desperdício da mercadoria do cliente. “É bom para os moradores, para os trabalhadores do porto, para os nossos clientes e para nós. Preserva o meio ambiente sem reduzir a produtividade e a lucratividade do negócio”, disse Garrido.
Fonte:Antaq
PUBLICIDADE