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Dragagem é prioridade do Porto de Paranaguá

A dragagem de canais, bacias e do berço do Porto de Paranaguá é uma das prioridades do novo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron.

O engenheiro tomou posse ontem, em cerimônia realizada no porto de Paranaguá, com a presença do secretário Estadual de Infraestrutura e Logística (também empossado ontem), José Richa Filho.

Maron informou que a licença ambiental para dragagem do berço foi concedida há poucos dias e a empresa para fazer o trabalho já está contratada. A previsão é que o trabalho inicie entre os dias 15 e 20 de janeiro.

Serão investidos R$ 2,5 milhões na dragagem, que será feita em dez dias, segundo o novo superintendente. Já em relação às outras dragagens, Maron informou que ainda há questionamentos do Ibama, mas que provavelmente serão iniciadas ainda no primeiro semestre.

A dragagem será apenas um dos passos para a “reconstrução da imagem do Porto de Paranaguá”, como ele mesmo afirmou durante o discurso de posse, alfinetando o governo de Roberto Requião.

“Vivemos tempos de irracionalidade e descompromisso com as causas do porto. Nós faremos a reconstrução da nossa imagem junto à comunidade portuária internacional e voltaremos a ser o melhor porto do País, como éramos em 2002”, prometeu.

O novo superintendente reiterou que a ética permeará sua administração. “Não permitiremos comportamentos fundamentalistas e nem benefícios duvidosos que coloquem em dúvida a nossa boa relação com os funcionários”, garantiu.

Em relação à infraestrutura, o novo superintendente citou que os R$ 95 milhões para remodelação do cais comercial e para a construção do cais oeste ainda estão previstos, assim como a construção do terminal de passageiros.

O secretário José Richa Filho comentou que falta muita infraestrutura no Paraná. “Não temos feito a nossa lição de casa. O nosso País só vai crescer se a infraestrutura crescer”, observou o secretário.

Problemas

Outros problemas enfrentados pelo Porto de Paranaguá recentemente, como o embargo do Ibama que fechou o local por algumas horas e a suspensão do pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS) do porto para a prefeitura da cidade, foram vistos com otimismo pelo novo superintendente (e também pelo superintendente anterior, Mário Lobo Filho).

Para Maron, a questão do ISS vai depender da Justiça, mas o relacionamento com o atual prefeito, José Baka Filho, será amistoso. “O prefeito é meu amigo, temos um diálogo aberto, franco”, disse Maron.

Sobre o embargo do Ibama, o novo superintendente não fez comentários, mas o ex-superintendente Lobo Filho disse que foi uma experiência necessária. “O embargo nos conscientizou das questões ambientais”, disse Lobo Filho.

Outro questionamento em relação a Maron se refere às dívidas trabalhistas do Porto de Paranaguá, uma vez que ele mesmo já entrou com uma ação contra a Appa. Questionado sobre o tema, ele afirmou que a ação dele é de R$ 380 mil, e que desta ele já recebeu R$ 38 mil.

O restante, segundo ele, foi suspenso na Justiça, já que ele é o superintendente do local. Já sobre as dívidas totais da Appa, ele informou que elas estão na ordem de R$ 60 milhões a R$ 200 milhões (ele não soube informar com exatidão, pois ainda fará um levantamento sobre o assunto).

Antonina e Pontal do Paraná

Maron disse que o porto de Antonina é visto como um terminal do porto de Paranaguá, e que o local apresenta algumas dificuldades de expansão, como por exemplo o baixo calado. Porém, ele revelou que um projeto com cimenteiras está sendo desenvolvido para o porto de Antonina.

Sobre a possibilidade da construção do porto de Pontal do Paraná, Maron se mostrou otimista. “A tendência dos portos é ir para alto mar. Então vejo que o Porto de Pontal do Paraná será o porto do futuro, apesar de ainda carecer de infraestrutura”, comentou.

fonte: O Estado do Paraná/Mara Andrich

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